Dienstag, 26. Februar 2013

Untersuchungskommission könnte Einstellung von Belo Monte fordern

Die parlamentarische Untersuchungskommission zum Menschenhandel könnte der Regierung eine Schließung der Baustellen des Kraftwerks Belo Monte empfehlen. Denn die Umweltauflagen für den erwarteten starken Zuzug von Tausenden von Arbeitssuchenden in die Region am Xingu wurden nicht entsprechend umgesetzt. Die Folgen sind nun - wie befürchtet - hohe Kriminalität, Prostitution und Drogenmissbrauch.

Die Untersuchungskommission wurde eingesetzt, nachdem in unmittelbarer Nähe der Baustelle Pimentel ein Bordell entdeckt wurde, in dem Minderjährige, Frauen und Transvestiten gefangen gehalten und zur Prostitution gezwungen worden waren. Die Zellen waren sehr klein, Fenster und Türen waren nur von außen zu öffnen. Insgesamt konnte die Polizei 34 Menschen befreien. Die Betreiber sind in Untersuchungshaft in Belém.


Agência Câmara Notícias, 25.2.2013
CPI do Tráfico de Pessoas deve recomendar paralisação de obras da usina de Belo Monte

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas pode recomendar ao governo, em relatório, a paralisação das obras de construção da Usina de Belo Monte, no município de Altamira, no Pará.

Integrantes da CPI promoveram, nesta segunda-feira (25), audiência pública na Câmara Municipal de Altamira com representantes da sociedade civil, das polícias, do conselho tutelar, da prefeitura e do Ministério Público.

Eles afirmaram que a construção da usina provocou a migração de 30 a 40 mil pessoas para a região, sem que o município tivesse estrutura para receber tanta gente. Segundo os participantes da audiência, o crescimento da população dessa forma tão rápida provocou o aumento de todos os indicadores de violência, do tráfico de drogas e da mendicância.

Belo-Monte-Baufirma lässt Umweltbewegung ausspionieren

Die Bewegung Xingu Vivo para Sempre hielt am Sonntag, 24.2., in Altamira die Vollversammlung zur Jahresplanung ab. Dabei wurde Antonio (fiktiverName), der seit Oktober vergangenen Jahres Mitglied der Bewegung ist, als Spion entlarvt. Er wurde in flagranti bei der Aufnahme der Wortmeldungen mittels eines speziellen Kugelschreibers erwischt.

Marco Apolo Santana Leão, der Rechtsanwalt der Bewegung, entdeckte auf dem Kugelschreiber mehrere Audio-Aufnahmen sowie eine Bedienungsanlage für das Spionagegerät.
Nach anfänglichem Zögern gestand Antonio dem Rechtsanwalt seine Tätigkeit als Spion und gab an, vom Belo Monte Baukonsortium (CCBM) dafür eigens angeheuert worden zu sein.

Da Antonio seitens der Bewegung Xingu Vivo versichert wurde, dass die Polizei nicht eingeschaltet und sein Name nicht publiziert wird,  willigte er einer Videoaufzeichnung seines Geständnisses ein, die auf Youtube veröffentlicht ist.

Er hätte zunächst auf einer Belo-Monte-Baustelle gearbeitet, sei aber 2012 entlassen worden. Im Oktober 2012 wurde er im Security-Bereich wieder angestellt, um unzufriedene oder streikwillige Arbeiter ausfindig zu machen und zu melden. Wurde jemand gemeldet, bedeutete das immer auch gleich die Entlassung für alle in einem Unterkunftsbereich. Auf diese Weise seien in letzter Zeit mindestens 80 Leute gekündigt worden.

Laut Antonio hatte das Baukonsorium vor allem Interesse an Dona Antônia Melo, Koordinatorin der Bewegung Xingu Vivo, da sie wegen ihres Engagements für den Umweltschutz und wegen ihrer vielen internationalen Kontakte die größte Gefahr für das Kraftwerkprojekt Belo Monte bedeutet. Für seine Infiltration in die Bewegung, für die Teilnahme an den Treffen und für Berichterstattung und Fotos erhielt er seit Oktober monatlich 5.000 Reais. Seine Informationen seien an die staatliche Geheimpolizei (ABIN) weitergeleitet worden.

Xingu Vivo erstattete Anzeige gegen das Baukonsortium Belo Monte bei der Staatsanwaltschaft (MPF), die die Ermittlungen bereits eingeleitet hat.


Xingu Vivo,25.2.2013
Funcionário de Belo Monte é flagrado espionando Xingu Vivo para informar ABIN
Na manhã deste domingo, 24, quando finalizava seu planejamento anual em Altamira (PA), o Movimento Xingu Vivo para Sempre detectou que um dos participantes, Antonio, recém integrado ao movimento, estava gravando a reunião com uma caneta espiã.

Xingu Vivo,25.2.2013
MPF vai apurar denúncia de espionagem contra o Consórcio Construtor de Belo Monte
O Ministério Público Federal recebeu hoje uma representação do Movimento Xingu Vivo para Sempre informando a descoberta de um agente contratado pelo Consórcio Construtor de Belo Monte que atuava infiltrado no movimento, gravando reuniões, fotografando pessoas e repassando informações para a empresa.

Folha, 25.2.2013
Movimento ambientalista no Pará relata ter sido espionado
O Movimento Xingu Vivo para Sempre, organização não governamental que questiona na Justiça o processo de licenciamento ambiental da usina hidrelétrica de Belo Monte, relatou nesta segunda-feira (25) ao Ministério Público Federal que foi alvo de espionagem das empresas envolvidas na maior obra do governo federal no Pará.

Mittwoch, 20. Februar 2013

Mädchenhandel bei den Baustellen für Belo Monte


Am 13. Februar 2013 gelang einem 16-jährigen Mädchen, das in der Bar "Boate Xingu" in der Nähe der Baustelle Pimentel wie in einem Gefängnis gehalten und zur Prostitution gezwungen worden war, die Flucht. Sie suchte in Altamira das Jugendamt auf und berichtete von ihrer Situation und der weiterer Opfer.

Die Polizei konnte dort 14 weitere Opfer aus sklavenähnlichen Lebensbedingungen befreien. Die Mädchen waren von den Nachtclubbetreibern aus dem Süden Brasiliens mit großen Versprechungen hierher an den Xingu gebracht worden, wo sie mit ganz anderen Realitäten konfrontiert wurden. Es gab bewaffnete Aufseher, die dafür zu sorgen hatten, dass niemand flüchtete. Die Betreiber sind wegen Freiheitsberaubung und Menschenhandel angezeigt.
Eine parlamentarische Untersuchungskommission (CPI) wurde eingesetzt, um das Ausmaß der Prostitution in Altamira und an den Baustellen für das Kraftwerk Belo Monte zu eruieren. Bisher konnten in der Region Altamira und Vitória do Xingu 32 weitere Frauen gefunden werden, die zur Prostitution gezwungen wurden.


Xingu Vivo Blog, 18.2.2013
Pelo fim do tráfico humano e da exploração sexual em Belo Monte.
Município de Vitória do Xingu, dia 13 de fevereiro de 2013, quarta-feira de cinzas: a fuga de uma adolescente de 16 anos, natural do Rio Grande do Sul, mantida em cárcere privado e obrigada a se prostituir, revelou mais uma realidade trágica na construção de barragens nos rios da Amazônia.

Agência Brasil, 19/02/2013
CPI do Tráfico de Pessoas vai à região de Belo Monte apurar exploração sexual de mulheres
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas, instalada na Câmara dos Deputados, aprovou nesta terça-feira (19) a convocação de Adriano Cassan e Carlos Fabrício Pinheiro, que foram presos em Altamira (PA) durante operação policial que libertou 14 mulheres, uma travesti e uma menor de idade mantidas em cárcere privado em prostíbulo local. A comissão deve ir à região na próxima segunda-feira (25) verificar a situação.

Reporter Brasil, 21.2.2013
Prostíbulo estava em área declarada de interesse público para Belo Monte
Boate em que 14 mulheres foram submetidas a escravidão sexual fica em um dos poucos terrenos ainda não desapropriados pela Norte Energia na Vila São Francisco


Altamira Hoje, 22.2.2013
TRÁFICO HUMANO: Donos de BOATE já estão em Belém.
Já estão em Belém o casal responsável pela "Boate" na região do KM 27 na volta grande do Xingu, Adão Rodrigues, 51 anos, e Solide Fátima Triques, 38, são acusados de manter mulheres em cárcere privado, praticar rufianismo (aliciamento para prostituição) e tráfico humano, eles foram transferidos para a capital do estado em uma aeronave que decolou as 13hs de Altamira, uma escolta policial acompanhou o casal na região metropolitana de Belém.

Dienstag, 12. Februar 2013

Achter Todestag von Schwester Dorothy Stang

Heute vor 8 Jahren wurde Schwester Dorothy Stang in einem Siedlungsprojekt für Landlose in der Nähe von Anapu von Auftragskillern erschossen.
Ein Zitat von ihr: "Ich werde mich nicht aus dem Staub machen und ich werde diese Kleinbauern in ihrem Kampf ums Überleben im Urwald nicht allein lassen. Sie haben ein Recht auf ein besseres Leben auf dem Land, um in Würde leben und produzieren zu können." Sie hat sich wirklich nicht aus dem Staub gemacht.






Adital, 12.02.2013
Oito anos do martírio de Irmã Dorothy Stang
Já se passaram oito anos do assassinato da Irmã Dorothy Stang. Temos consciência de que o testemunho e a mística desta fiel e corajosa discípula de Jesus de Nazaré, com seu sangue derramado na floresta amazônica, ainda irá produzir frutos, muitos frutos.

Irmã Dorothy afirmou, no momento em que foi imolada: "Eis a minha alma” e mostrou a Bíblia Sagrada. Leu ainda alguns trechos das Sagradas Escrituras para aquele que logo em seguida iria assassiná-la. Morta com sete tiros, aos 73 anos de idade, no dia 12 de fevereiro de 2005, em Anapu, no Estado do Pará, Brasil.


Diocese de São Mateus, 15.2.2013
Assassinato da Irmã Dorothy Stang completa 8 anos

Irmã Dorothy Mae Stang era uma religiosa norte-americana naturalizada brasileira. Pertencia às Irmãs de Nossa Senhora de Namur, congregação religiosa fundada em 1804. Em 1966 iniciou seu ministério no Brasil.

Irmã Dorothy estava presente na Amazônia de a década de 70 junto aos trabalhadores rurais da Região do Xingu. Sua atividade pastoral e missionária buscava a geração de emprego e renda com projetos de reflorestamento em áreas degradadas, junto aos trabalhadores rurais da área da rodovia Transamazônica. Seu trabalho focava-se também na minimização dos conflitos fundiários na região.

Sonntag, 10. Februar 2013

Bischof Kräutler im Dienste Gottes und der Indianer

NZZ, 5.2.2013
Im Dienste Gottes und der Indianer

Für den Indigenen-Missionsrat in Brasilien beginnt die Verkündung mit dem Schutz der Indianer. Der Kampf für deren Recht auf Land und kulturelle Eigenständigkeit ist nötiger denn je.

Erwin Kräutlers Mission ist lebensgefährlich. Immer wieder erhält er Morddrohungen, weil er sich mit den Mächtigen der Holzindustrie, des Agrobusiness und des Energiesektors anlegt. 1987 wurde er bei einem Mordanschlag schwer verletzt. Seither lebt der 73-jährige Bischof unter Polizeischutz. Seinem Kampf für den Schutz des Regenwaldes und die Rechte der Indigenen hat dies alles keinen Abbruch getan. Es sei seine Aufgabe, die physisch und kulturell bedrohten Völker und ihren Lebensraum zu schützen, sagt Kräutler, der 2010 für sein Engagement mit dem Right Livelihood Award ausgezeichnet wurde.

Stimme der Unterdrückten
Als Erwin Kräutler 1965 als frisch geweihter Priester von Vorarlberg nach Brasilien kam, um am Rio Xingu im Amazonas-Gliedstaat Pará seine Missionstätigkeit aufzunehmen, fand er ein Paradies vor. «Ich traf auf ein unwahrscheinlich liebes Volk, mit dem ich mich sofort identifizieren konnte. Und ich war beeindruckt vom Regenwald, der damals noch intakt war.» Bald musste Kräutler allerdings feststellen, wie bedroht dieses Paradies ist. Der Bau der ersten Fernstrassen und der berühmten Transamazônica ab 1970 trieb Holzfäller, Rinderzüchter und Goldsucher in die Region. Die Ausbeutung begann, und es kam zu schrecklichen Genoziden an der Urbevölkerung. Eine schleichende Bedrohung für die Indianer ging zudem direkt vom Staat aus, der kein Recht auf kulturelle Vielfalt für die indigenen Völker vorsah und sie somit zu «normalen» Brasilianern machen wollte.
Es war in dieser Zeit, als die brasilianische Bischofskonferenz beschloss, sich auf die Seite der Indianer zu stellen. 1972 gründete sie den Indigenen-Missionsrat, den Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Er sollte den Völkern fortan zu einer gemeinsamen Stimme im Kampf für ihre Rechte und ihre Autonomie verhelfen. Der Cimi entstand aus einem befreiungstheologischen Verständnis heraus. Die Befreiungstheologie, die in den sechziger Jahren in Lateinamerika entwickelt wurde, versteht sich als «Option für die Armen» und orientiert sich an der Situation der unterdrückten Bevölkerung (siehe Zusatz). «Wir glauben an den Gott, der herabsteigt und den Schrei seines Volkes hört, um es aus der Sklaverei zu befreien», erklärt Kräutler in Anlehnung an das Buch Exodus. «Im Zweiten Vatikanischen Konzil wurde festgehalten, dass die Kirche die Sendung habe, allen Menschen die Liebe Gottes zu verkünden», fährt er fort. «Doch wie sollen wir verkünden, wenn die Leute am Abgrund stehen und um ihr Überleben kämpfen?» Zuerst müssten die Menschen aus ihrem Elend befreit werden.

Elend ohne Ende
Tatsächlich gelang es dem Cimi in den achtziger Jahren – Erwin Kräutler war damals schon Bischof der Prälatur Xingu und Präsident des Cimi –, Rechte für die Indianer in der Verfassung zu verankern. Die Verfassungsartikel anerkennen die kulturelle Autonomie der indigenen Völker, was deren Recht auf ihre Territorien einschliesst. Dies sei bis heute wohl eine der grössten Errungenschaften des Cimi, sagt Kräutler.

Mit der Umsetzung dieser Rechte tut sich der brasilianische Staat allerdings bis heute schwer. «Wir hatten gehofft, das würde sich mit der Wahl von Lula da Silva ändern, doch inzwischen hat sich gezeigt, wie indianerfeindlich diese Regierung ist. Es wird alles getan, um die Rechte zu umgehen.» Kräutler spielt auf die Wachstumsgläubigkeit Brasilias und die Politik der Grossprojekte an. Eines dieser Grossprojekte befindet sich direkt vor seiner Haustür am Rio Xingu, wo mit dem Staudamm von Belo Monte das drittgrösste Wasserkraftwerk der Welt entsteht. Etliche Indianerdörfer am Fluss und ihre Bewohner stehen vor einem radikalen Umbruch, der mit dem Verlust ihrer Identität enden könnte.

Als mindestens so grossen Brennpunkt nennt Kräutler den gewaltsamen Landkonflikt in Mato Grosso do Sul. Die dort ansässigen Guaraní-Indianer leben eingepfercht in kleine Reservate oder in tristen Camps am Strassenrand. Wöchentlich kommt es zu Selbstmorden. Gleichzeitig sind die Indianer der Gewalt der Grossfarmer ausgesetzt, mit denen sie in Konflikt um die Landrechte stehen. «Ich habe viel Elend gesehen», erzählt der Bischof, «doch die Situation der Guaraní lässt mein Herz bluten.»

Missionar und Helfer
Wo es brennt, sind auch die Leute des Cimi. 418 vorwiegend brasilianische Missionare in 112 Equipen stehen zurzeit in Indianerdörfern im ganzen Land im Einsatz. Bei den Missionaren handelt es sich um Laien und um Religiöse, die sich solidarisch in den Dienst der Indianer stellen. Dabei gilt der Grundsatz, nicht für, sondern mit den Indianern etwas zu tun. Die Missionare leben mit den Ureinwohnern, erleben ihren Alltag und ihre täglichen Sorgen und leisten Hilfe und Beratung, sofern dies nötig und von den Indianern erwünscht ist. Und sie sorgen dafür, dass eingegriffen wird, wenn die Rechte der Indigenen bedroht sind. Zudem leisten sie Öffentlichkeitsarbeit, wo sonst niemand hinschaut. Die jährlichen Berichte des Cimi über die Gewalt an der indigenen Bevölkerung Brasiliens und die Menschenrechtssituation gelten als eine der wenigen verlässlichen Quellen in diesem Bereich. Eine wichtige Funktion des Cimi besteht auch darin, die Vielzahl von Völkern und Stämmen miteinander zu vernetzen, um gemeinsame Positionen zu formulieren.

Der Cimi ist zwar nicht die einzige Organisation, die sich für die Indianerrechte einsetzt, keine andere wird jedoch gleichermassen respektiert in Brasilien. Immerhin ist der Missionsrat Teil der katholischen Kirche. Und diese ist in Brasilien trotz einer schleichenden Abwanderung vieler Katholiken zu evangelikalen Kirchen immer noch sehr präsent und einflussreich. Mit über 130 Millionen zählt Brasilien mehr Katholiken als jedes andere Land. Ihr Anteil an der Bevölkerung beträgt fast 70 Prozent. Obwohl der Cimi Teil dieser mächtigen katholischen Kirche ist, vertritt er die Interessen der Schwachen. Das macht ihn populär. Erleichternd komme hinzu, sagt Kräutler, dass der Begriff der Mission in Brasilien nicht derart negativ belastet sei wie in Europa.

Die humanitären Aufgaben haben Priorität für den Cimi. Parallel dazu erfolgt die missionarische Arbeit, zu welcher sich der Missionsrat verpflichtet hat. Die Missionare hätten aber nicht die Aufgabe, den Indianern den christlichen Glauben aufzuzwingen, erklärt Kräutler, der seit 2006 zum zweiten Mal den Cimi präsidiert. Vielmehr gehe es darum, mit ihnen in einen Dialog zu treten. «Die Völker haben einen eigenen Glauben. Wir müssen zuerst lernen, was sie glauben. Dann beginnt der interreligiöse Dialog.» Während der Dialog mit anderen Weltreligionen wie beispielsweise dem Islam aus Sicht der Kirche selbstverständlich sei, habe er mit den Naturreligionen keine Tradition, stellt Kräutler fest. Dabei gehe völlig vergessen, wie bereichernd dieser sein könne – für beide Seiten.

Paradies in Gefahr
Nicht immer gestalten sich das Zusammenleben und der Dialog derart harmonisch. Mit dem durch wirtschaftliche Interessen steigenden Druck von aussen hat sich das Umfeld vieler indigener Völker und damit der Missionare verändert. Erwin Kräutler nennt als Beispiel erneut das Kraftwerk von Belo Monte: «Das für Bau und Betrieb des Kraftwerkes zuständige Konsortium wickelt die Indianer um den Finger. Sie erhalten Nahrungsmittel, Schnellboote, Benzin und mehr», erzählt er. «Plötzlich haben sie alles und begreifen nicht, warum wir sie vor dem Projekt und den Methoden des Konsortiums warnen.» Das führe zu Meinungsverschiedenheiten unter den Indianern und mit den Missionaren.

Die Spannungen werden in den kommenden Jahren weiter zunehmen, denn Brasilien setzt alles aufs Wachstum. Die Energie dafür will sich das Land in Amazonien holen. Immer offensichtlicher wird, dass die Urvölker in den Augen der Regierung und des Grosskapitals als Hindernis gelten. Das Engagement des Cimi gleicht dem Kampf Davids gegen Goliath. Dennoch ist er nötiger denn je, soll das kulturelle Erbe der Urvölker Brasiliens erhalten bleiben. Die Durchsetzung der Indianerrechte allein reiche allerdings nicht aus, meint Erwin Kräutler. Das Land müsse den Entwicklungsbegriff überdenken. Entwicklung bedeute nicht, das Bruttoinlandprodukt zu steigern, sondern die Lebensqualität der Bevölkerung.

Wie seine Aufrufe bei denen ankommen, die das Sagen haben, musste der Bischof am eigenen Leibe erfahren. Das hat ihn pessimistisch gemacht. Wenn er an die Zukunft denkt, sieht er schwarz. Er wage es nicht, sich auszudenken, wie es hier in fünfzig Jahren aussehen werde. Amazonien und seine Bewohner seien in Gefahr, sagt der Bischof. «Ich habe apokalyptische Albträume.»