Dienstag, 30. Dezember 2014

Belo Monte: verzögerte Stromproduktion kann teuer werden

Im November 2014 informierte das Betreiberkonsortium Norte Energia die Nationale Energieagentur (Aneel) nicht nur darüber, dass in Belo Monte die Stromproduktion nicht zum festgelegten Termin im Februar 2015 beginnen kann, sondern auch, dass es nicht in der Lage sei, Energie aus anderen Kraftwerken zuzukaufen, um die bei der Versteigerung im April 2010 unterzeichneten Verträge erfüllen zu können.

Laut der Zeitung O Estado de Sao Paulo spricht Norte Energia von "riesigen Summen, die zu einem Scheitern des Projekts führen könnten“. Das Projekt würde vor enormen finanziellen Problemen und der Möglichkeit einer wirtschaftlichen Unrentabilität stehen.

Mit der Stromproduktion der ersten Turbine sei frühestens im März 2016 zu rechnen. Nach aktueller Preislage seien für den Energiezukauf monatlich ca. R$ 370 Millionen notwendig.
Das Kraftwerk Belo Monte soll voraussichtlich im Februar 2019 fertiggestellt werden. Außerdem seien die Projektkosten von anfänglichen R$ 16 auf über R$ 30 Milliarden angestiegen.

Bereits Ende Mai 2014 reichte Norte Energia bei ANEEL um einen Aufschub der Energieproduktion ein und nannte als Gründe die vielen Streiks und die aufwändigen Genehmigungsverfahren. Die zuständige technische Prüfinstanz (SFG) erkannte die Gründe nicht an und lehnte das Ansuchen ab. Das Konsortium sei allein verantwortlich für jeden Tag der Verzögerung der Fertigstellung des Kraftwerks.

Der Vorstand der Energieagentur prüft noch den Fall, seine Stellungnahme ist allerdings entscheidend und noch ausständig.


O Estado de S.Paulo, 29 Dezembro 2014
Belo Monte pode ter rombo bilionário com atraso na obra
Sócios tentam convencer a Aneel de que não foram responsáveis pelo atraso da hidrelétrica, que deveria iniciar operação em 2015

O atraso de mais de um ano nas obras de Belo Monte deixou de ser apenas um problema de ordem operacional para o governo e o setor elétrico. Passados quase cinco anos desde que a hidrelétrica foi a leilão, em abril de 2010, o maior projeto de geração de energia do País se vê hoje transformado em uma enorme confusão financeira, com sérios riscos de tornar-se economicamente inviável.

A gravidade da situação foi descrita em detalhes pelo próprio consórcio Norte Energia, dono da usina, em uma carta encaminhada à diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no fim de novembro. No documento, ao qual o Estado teve acesso, o consórcio afirma que a rejeição de seu pedido de prorrogação dos prazos e a consequente obrigação de comprar energia de outras usinas para garantir a entrega daquilo que não produziu custariam ao consórcio "somas vultosas, capazes de inviabilizar o empreendimento".

Por contrato, Belo Monte, em construção na região de Altamira, no Pará, teria de começar a gerar energia a partir de fevereiro de 2015, o que efetivamente só ocorrerá no primeiro trimestre de 2016. Nesse período, argumentou o diretor-presidente da Norte Energia, Duilio Diniz de Figueiredo, seria precisa desembolsar - a preços atuais - cerca de R$ 370 milhões por mês para cobrir o rombo. A usina tem previsão de conclusão para fevereiro de 2019.

Orçada inicialmente em R$ 25,8 bilhões, Belo Monte já ultrapassa a marca de R$ 30 bilhões, por conta de um aditivo de R$ 700 milhões e de correção financeira. Esse termo foi assinado com o Consórcio Construtor de Belo Monte, liderado pela Andrade Gutierrez.

Em tom de apelo, a carta da Norte Energia à Aneel tenta derrubar uma decisão já tomada pela Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração (SFG) da agência. Em agosto, técnicos da SFG analisaram os argumentos e pedidos feitos pela Norte Energia. Todos foram rejeitados, ou seja, para a área técnica, o consórcio é o único responsável por cada dia de atraso da hidrelétrica.

O assunto ainda precisa passar pela diretoria colegiada da agência, o que não tem data para ocorrer. Procurada, a Aneel disse que o documento está em análise e que não comentaria o processo da Norte Energia.

Críticas. Inconformada com a decisão preliminar, a empresa reagiu e disparou críticas contra tudo e contra todos. Após avaliar a decisão da SFG, disse que foi possível constatar "diversos equívocos e informações incorretas em sua análise" e que "o resultado contraria a legislação vigente". A própria Aneel foi incluída na lista de culpados por atrasos.

A agência, segundo o consórcio, comprometeu o cronograma das obras porque demorou a emitir as declarações de utilidade pública para as áreas onde seria construída a usina. Apesar de o pedido ter ocorrido em dezembro de 2010 e reapresentado em agosto de 2011, afirma a Norte Energia, a autorização de toda a área do empreendimento só ocorreu em janeiro de 2012, "causando atrasos na liberação das áreas".

O consórcio afirma que todas as informações poderiam ter sido requeridas pela Aneel com antecedência, imediatamente após a emissão da licença de instalação da usina. "Contudo, o mesmo não foi feito, trazendo prejuízo inevitável e alheio à vontade da Norte Energia."

Para quantificar o dano sofrido, a empresa afirma que, até novembro, ainda tinha 591 unidades pendentes para desapropriação, o que representa 39% do total das áreas de terras necessárias para implantação do empreendimento.

A relação dos responsáveis pelos atrasos também inclui o Ibama e a Funai. O enchimento do reservatório principal da hidrelétrica teria sofrido atraso de 351 dias porque "impedimentos legais do Ibama e Funai inviabilizaram ações no sítio Pimental", local onde é construída uma das casas de força da usina. A empresa também afirma que a "perda da janela hidrológica (meses sem chuva) e demora na autorização do Ibama" resultaram no impacto direto de 397 dias de atraso no marco de desvio do rio Xingu.

Samstag, 27. Dezember 2014

Brasilien: Verfassungsänderung zur Demarkierung indigener Gebiete fehlgeschlagen


Nach zwei Wochen heftiger Auseinandersetzungen im Parlament und Protestaktionen der indigenen Bewegungen beendete der Kongress in Brasilia am 17.12. die laufende Legislaturperiode, ohne dass die dafür eingesetzte Sonderkommission eine Entscheidung über die von Ruralisten vorgeschlagene Verfassungsänderung (PEC) 215 getroffen hat. In Übereinstimmung mit den Regeln des Hauses wird nun der Ausschuss aufgelöst und das Projekt archiviert. De facto bedeutet das einen historischen Sieg für Umweltschützer und Indigene.

Blog-Archiv zur Verfassungsänderung PEC 215


Survival International, 24.12.2014
Brasilianische Indigene sichern Landerfolg
Indigene Völker in Brasilien können einen bedeutenden Erfolg für ihre Landrechte feiern, nachdem sie eine Gesetzesänderung abwenden konnten, die dem Kongress erlaubt hätte Kontrolle über indigene Gebiete zu erlangen.

Ein Vorschlag zu einer Verfassungsänderung und der Übertragung von Einflussmöglichkeiten bei der Demarkierung indigener Territorien an den Kongress wurde nach Monaten lautstarken Protestes zurückgezogen. Tausende Indigene, die aus mehreren Dutzend indigenen Völkern stammen, hatten gegen die Änderungen protestiert.

Letzte Woche reisten zahlreiche Indigene in die Hauptstadt Brasília und drangen in das Kongress-Gebäude vor, um ihren Stimmen Gehör zu verschaffen. Fünf Indigene wurden bei den Protesten festgenommen, sind inzwischen jedoch wieder frei gelassen wurden.

Amerika21.de, 23.12.2014
Indigene protestieren gegen Änderung der Verfassung in Brasilien
Kongress soll über Vermessung indigenen Landes bestimmen. Konservative und rechtsgerichtete Abgeordnete in der Mehrheit. Betroffene mobilisieren



ISA, 18.12.2014
PEC 215 não é votada por comissão especial da Câmara e, segundo regimento, deve ser arquivada
Fim de comissão é vitória histórica da sociedade brasileira. Desfecho ocorre depois de duas semanas de batalhas regimentais entre parlamentares ruralistas e socioambientalistas
O Congresso finalizou, tarde da noite de ontem (17/12), as votações do ano legislativo e da atual legislatura sem que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215 tenha sido votada pela comissão especial que a analisava. Com isso, de acordo com o Regimento da Câmara, a comissão deve ser extinta e o projeto arquivado, numa vitória histórica para defensores do meio ambiente, povos indígenas e tradicionais.

CIMI, 21/12/2014
A vitória dos povos indígenas e quilombolas na luta contra o Projeto de Emenda à Constituição 215/2000
O Congresso Nacional concluiu, na noite de quarta-feira (17/12/2014), as sessões ordinárias do ano legislativo e da 54ª Legislatura. O último dia de trabalho no parlamento, 22, deverá ser usado apenas para discussões relativas ao orçamento de 2015.

Índios fazem protesto em Brasília
Fotos de O Globo

Gab es bei der Vergabe von Belo Monte Preisabsprachen?


Augusto Mendoça Neto, der bereits für brisante Aussagen und Beweise in Betrugsskandalen wie z.B. "Lava Jato" in Rio de Janeiro und São Paulo ausgezeichnet wurde, behauptet nun auch, dass es bei der Vergabe von Belo Monte Preisabsprachen und Korruption gegeben hätte.
Die an der Versteigerung beteiligten Baukonzerne hätten die von der Regierung vorgeschlagenen Kosten für das Kraftwerk Belo Monte von Anfang an für zu niedrig gehalten. Trotz aller Einwände wurde an den ca. R$ 16 Mrd festgehalten.
Inzwischen sind die Kosten für Belo Monte bereits auf R$ 30 Mrd. gestiegen. Neto schließt daraus, dass sich gewisse Baufirmen einfach an der vorgegebenen Versteigerung beteiligten, weil sie wussten, dass die Bedingungen nicht bindend seien.
Auch seine Firma Toyo Setal sei von Anfang an zur Beteiligung eingeladen worden. Sie unterzeichnete aber erst im März vergangenen Jahres gemeinsam mit ENGEVIX einen Vertrag mit Norte Energie zur Errichtung der Generatorenanlagen im Kraftwerk Belo Monte.
Hat nun die brasilianische Skandalwelle auch den Elektrosektor in Amazonen erreicht?

Brasil 247, 24.12.2014
Delator aponta ‘acerto prévio’ em Belo Monte
Diretor da Toyo Setal, Augusto Mendonça Neto promete entregar à PF documentos que comprovem acordo que teria definido vencedores de licitação e preços para a construção da usina de Belo Monte, no Pará; uma das beneficiadas teria sido a própria Toyo Setal; com a acusação, feita pelo mesmo personagem que denunciou o suposto cartel de empreiteiras, crise pode chegar ao setor elétrico

O Globo, 24.12.2014
Belo Monte é incluída em acordo de leniência da Lava Jato
Ministério Público Federal quer saber se irregularidades alcançam obras da usina
SÃO PAULO — As investigações da Operação Lava-Jato chegaram à usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. No acordo de delação premiada assinado com o Ministério Público Federal, o empresário Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, acionista do grupo Toyo Setal, comprometeu-se a entregar à força-tarefa do Ministério Público informações detalhadas e documentos sobre “todos os fatos relacionados a acordos voltados à redução ou supressão de competitividade, com acerto prévio do vencedor, de preços, condições, divisão de lotes, etc, nas licitações e contratações” realizadas para a construção da hidrelétrica.

ABEMI, 7.3.2014
Toyo Setal e Engevix assinam contrato para a montagem da UHE Belo Monte

Samstag, 20. Dezember 2014

Siedlungsprojekt Jatoba: finstere Straßen und feuchte Wohnungen

Im Siedlungsprojekt Jatoba beklagen die neuen Bewohner laut BBC grobe Mängel. Viele Posten der Straßenbeleuchtung seien ausgefallen, sodass es am Abend im Viertel sofort finster wird.

Außerdem sind viele Fertigteilhäuser defekt, sie haben Risse an den Wänden und auf der Decke und bei Regen dringt Wasser ein.

Das Siedlungsprojekt Jatoba wurde von Norte Energie, dem für das Kraftwerk Belo Monte verantwortlichen Konsortium, für ca. 5.000 vom Dammbau betroffene Familien in Altamira errichtet.

Die Grafik zeigt jene Gebiete im Stadtbereich von Altamira, die aufgrund des ansteigenden Pegels des Xingu überflutet werden (Ueberflutungen hellblau markiert):
Überflutungsgebiete in Altamira
BBC Brasil, 18 dezembro 2014
Belo Monte: reassentamento tem rua às escuras e casas com infiltrações
A entrada do reassentamento Jatobá, em Altamira (PA), está quase totalmente às escuras desde o início do ano, quando os novos moradores começaram a chegar ao local. O bairro foi erguido do zero para receber parte das 5 mil famílias das áreas que serão alagadas pela barragem da hidrelétrica Belo Monte.

Freitag, 19. Dezember 2014

Weihnachtsbotschaft 2014 von Bischof Erwin Kräutler

„Das wahre Licht,
das jeden Menschen erleuchtet,
kam in die Welt
(Joh 1,9)

Leuchte, du wahres Licht
wenn wir nach dem Sinn des Lebens suchen,
wenn Sorgen uns plagen,
wenn Leid uns bedrückt.

Brenne, du göttliches Licht
wenn wir die Geduld verlieren,
wenn Misstrauen uns lähmt,
wenn unser Einsatz notwendig ist.

Glühe, du himmlisches Licht
wenn wir für Recht und Gerechtigkeit eintreten,
wenn uns Schwestern und Brüder um Hilfe bitten,
wenn wir die Schöpfung und die Würde der Menschen verteidigen.


Liebe Leserinnen und Leser dieses Blogs,

An Weihnachten feiern wir das wahre Licht, das in die Welt kam,
das Feuer, das in der Nacht von Betlehem entflammte,
die Liebe Gottes, die uns im Kind in der Krippe erstrahlt.
Möge dieses Licht die Liebe entzünden,
die Herz und Hände öffnet und Brücken zu anderen schlägt.

Mit den Menschen am Xingu
entbiete ich die besten Wünsche für Weihnachten und das Neue Jahr,

Erwin Kräutler
Bischof vom Xingu



Falls Sie die pastorale Arbeit von Bischof Erwin Kräutler finanziell unterstützen möchten, können Sie es über sein Bank-Austria-Bankkonto tun:

Konto lautend auf Bischof Erwin Kräutler
IBAN: AT98 1200 0009 5500 5798
BIC: BKAUATWW

Montag, 15. Dezember 2014

Ecuador: 13 Tote nach Erdrutsch beim Staudamm "Coca Code Sinclair"

ORF, 14.12.2014
Unfall auf Kraftwerksbaustelle in Ecuador - 13 Tote
Bei einem Unfall auf der Baustelle eines riesigen Wasserkraftwerks im Osten von Ecuador sind 13 Menschen ums Leben gekommen. Wie Staatspräsident Rafael Correa über den Kurznachrichtendienst Twitter mitteilte, starben bei dem „schweren Unfall am Samstagabend“ zehn Ecuadorianer und drei Chinesen.

Laut einem Bericht des staatlichen Rundfunks wurden zwölf weitere Menschen verletzt. Demnach wurde das Unglück durch den Einsturz eines Tunnels im Maschinenraum ausgelöst.

Projekt von China finanziert
Das Wasserkraftwerk Coca Codo Sinclair im Amazonasgebiet wird vom chinesischen Unternehmen Sinohydro gebaut. 7.000 Menschen arbeiten auf der Baustelle, ein Fünftel davon Chinesen. Die Kosten für das von Peking finanzierte Großprojekt betragen Schätzungen zufolge mehr als zwei Mrd. Dollar (1,6 Mrd. Euro). Das Kraftwerk soll 2016 in Betrieb genommen werden. Es soll 1.500 Megawatt Strom produzieren, was mehr als ein Drittel des Energieverbrauchs in dem lateinamerikanischen Land ist.

Im April waren im Süden von Ecuador auf einer anderen von China betriebenen Baustelle für ein Wasserkraftwerk vier chinesische Techniker bei einer Explosion verunglückt. Insgesamt werden in dem Land derzeit acht Wasserkraftwerke gebaut. Ecuador, das auch Erdöl fördert, will unabhängig von ausländischem Strom werden und saubere Energie exportieren.


amerika21.de, 24.01.2011
Mit Wasserkraft zur energetischen Unabhängigkeit
Regierung Ecuadors beschließt Großprojekt zur Stromerzeugung. Wasserkraftwerk "Coca Codo Sinclair" soll Energiekrise lösen


Straßenkinder.de, 3. Mai 2014
San Rafael gegen chinesischen Staudamm
Die chinesische Firma Coca-Codo Sinclair will mit ihrem Wasserkraftwerk-Projekt die Wassermassen des río Coca umleiten, um Energie aus ökologischen Quellen zu beziehen. Seit 2010 ist das Projektbereits in Planung und die höchste „cascada“ Ecuadors (146m) bereits aus den meisten Reiseführern gestrichen. Das Bild des San Rafaels ziert in der Region Napo und Sucumbíos Busse, Schilder, Werbebanner und zählt zu einer der representativsten, aber vor allem schönsten Naturwunder der Region Amazónica, zwischen Andenkordischere und Amazonas. Darüber hinaus befindet sie sich in der Reserva Biológica Sumaco, was heißt, dass sie eigentlich geschütz sein sollte, aber was tut man nicht alles für „saubere“ Energie.

Univision, 14.12.2014
Accidente en central eléctrica Coca Codo Sinclair de Ecuador deja 13 muertos


Fotos vom Besuch des Präsidenten Rafael Correa beim Projekt Coca Code Sinclair am 23. Juli 2012 


El projecto Coca Codo Sinclair (Ministerio de Electricidad)


COCA CODO SINCLAIR HYDROELECTRIC PROJECT (ASTEC)

El Telégrafo, 20.11.2014
Coca Codo Sinclair avanza en un 74,75% (Galería)
La obra beneficia a 16 mil habitantes de la zona por prácticas de compensación.


El Telégrafo, 14.12.2014
Comité investiga accidente en Coca Codo Sinclair que dejó 13 fallecidos

Sonntag, 14. Dezember 2014

Minimale Ergebnisse beim Klimagipfel in Lima


FAZ, 15.12.2014
Sorgen und Appelle
Was Lima dem Klima bringt
Die Sorgen sind groß: die bisherigen Bemühungen, die Emission von Treibhausgasen zu reduzieren, reichen nicht aus. Die Beschlüsse von Lima im Überblick.

Domradio, 14.12.2014
Weltklimagipfel einigt sich auf Eckpunkte für Vertrag
Eisiger Wind aus Lima
Nach zähem Ringen hat sich die UN-Klimakonferenz in Lima auf Eckpunkte für einen Weltklimavertrag geeinigt. Umweltverbände und Entwicklungsorganisationen haben mit großer Enttäuschung auf die Ergebnisse des Gipfels reagiert.


Spiegel-Online, 14.12.2014
Uno-Klimatagung in Lima: Verzockt
Die Uno-Konferenz in Lima ist an ihrem wichtigsten Ziel gescheitert: Statt die entscheidenden Voraussetzungen für ein Happy End der Klima-Verhandlungen zu schaffen, verheddern sich die Teilnehmer im Klein-Klein. Beim nächsten Gipfel in Paris droht ein Desaster.

Was waren sie alle optimistisch. Als die USA und China Mitte November ihre gemeinsame Klimaschutz-Initiative verkündeten, reagierten Umweltschützer und -politiker geradezu euphorisch. Das größte Hindernis auf dem Weg zu einem neuen, umfassenden internationalen Klimavertrag sei beseitigt: Die beiden Anführer von Industrie- und Schwellenländern hätten sich zusammengetan, die Blockade der internationalen Klimaverhandlungen sei gelöst.

Bei genauerem Hinsehen gab es freilich schon damals Gründe, an dieser These zu zweifeln. Die Skeptiker wurden nun bestätigt. Die Klimakonferenz im peruanischen Lima hat eindrucksvoll bewiesen, dass gar nichts gelöst ist. Die tiefen Gräben zwischen Industrie- und Schwellenländern bestehen nach wie vor. Bei den zentralen Fragen - der genauen Gestaltung der Klimaschutz-Bemühungen und der Finanzhilfen für Entwicklungsländer - gab es kaum Fortschritte.

Dabei sollte das Weltklima eigentlich längst gerettet sein.


ARD-Tagesschau, 14.12.2014
Weltklimakonferenz in Lima
Doch noch ein Minimalkonsens für das Klima
Der Rohentwurf für das Abkommen umfasst 37 Seiten und ist dem Lima-Beschluss als Anhang beigefügt. Der Entwurf ist eine Liste von Wünschen, die unverbindlich sind und noch zahlreiche Optionen enthalten. Verhandelt und entschieden wird erst in einem Jahr in Paris. Eher schwach fielen die Vorgaben für die nationalen CO2-Minderungsziele aus. Angestrebt waren vergleichbare Kriterien. Das ist weitgehend misslungen, denn die Angaben sind de facto freiwillig. Bis März müssen die meisten nationalen Minderungszusagen gemacht werden.


Süddeutsche, 14. Dezember 2014
UN-Gipfel in Lima
Klimaschutz, so einfach wie nutzlos
Der Gipfel in Lima war eine Enttäuschung. Klimaschutz wird immer mehr zu einem Projekt der Freiwilligkeit: ohne Kontrolle, ohne Ehrgeiz, ohne Gewähr. Auch dem Gipfel 2015 in Paris droht das Scheitern. Europa muss jetzt für eine neue zwischenstaatliche Ordnung Mitstreiter suchen.


FOCUS, Montag, 15.12.2014
Nicht viel Neues nach Lima
Warum die schwachen Ergebnisse der Klimakonferenz kein wirkliches Problem sind
Ein Klimagipfel folgt auf den nächsten, statt konkreter Maßnahmen einigt man sich auf die nächste Verhandlungsrunde. Warum schwache Ergebnisse im Abschlussbericht dennoch kein Problem darstellen, erklärt FOCUS-Online-Experte Helge Jörgens.


Süddeutsche, 14. Dezember 2014
Klimagipfel in Lima
Harmloser Hammerschlag
Durchbruch und völliges Scheitern liegen bei der Klimakonferenz in Lima verdammt nah beieinander. Am Ende steht ein Kompromiss. Kritikern geht der längst nicht weit genug - sie befürchten, dass der Klimawandel schneller voranschreitet als die Politik.

Als der Hammer gefallen ist, setzt Manuel Pulgar-Vidal sein breitestes Lächeln auf und blickt einmal durch den riesenhaften Saal. Die Erleichterung ist ihm anzusehen. "Ich habe in den letzten zwei Tagen viel gelernt", sagt er dann. "Mehr als in der Zeit vor den zwei Tagen." Für einen 52-Jährigen ist das ein starker Satz. Er könnte aber stimmen.


Die Zeit, 13. Dezember 2014
Verhandlungen in Lima
Ein Grundsatzstreit spaltet den Klimagipfel

Auf der Konferenz in Lima debattieren die Delegierten über ein neues Kompromisspapier. Der Widerstand ist groß, eine Einigung nicht in Sicht.
Die größte Frage dieses Klimagipfels wird in Lima vermutlich nicht mehr gelöst: Welchen Regeln muss sich die Klimapolitik der wirtschaftlich starken Schwellenländer künftig unterwerfen? Für die Industriestaaten ist die Sache klar: Sie wollen die strenge Trennung zwischen ihnen und Ländern wie China, Indien oder Saudi-Arabien abschwächen. Die sogenannte Brandmauer war bisher ein zentrales Element des Verhandlungsprozesses.

Die EU, die USA und mit ihnen einige Entwicklungsländer fordern aber: Auch die wohlhabenden Schwellenländer sollen klimapolitische Verantwortung übernehmen, durch konkrete Emissionsziele und Finanzhilfen für arme Länder, und sie sollen sich mit gleichem Maß messen lassen wie die Industriestaaten. Die Welt habe sich fundamental verändert, seit im Jahr 1997 das Kyoto-Protokoll unterzeichnet wurde, argumentieren sie. Doch die Gegenseite wehrt sich auch an diesem Samstag, einen Tag nach dem offiziellen Ende des Gipfels, mit aller Kraft.

Donnerstag, 11. Dezember 2014

Bischof Erwin Kräutler erhält Ehrenpreis des Buchhandels

Kathpress, 10.12.2014
Bischof Kräutler erhält Ehrenpreis des Buchhandels
10.000-Euro-Auszeichnung an "Sprachrohr all jener Menschen, die von der Politik vernachlässigt und deren Rechte beschnitten werden"
Wien, 10.12.2014 (KAP) Bischof Erwin Kräutler erhält den Ehrenpreis des österreichischen Buchhandels für Toleranz in Denken und Handeln. Das gab der Hauptverband des österreichischen Buchhandels (HVB) am Donnerstag bekannt. Überreicht wird die mit 10.000 Euro dotierte Auszeichnung, die üblicherweise während der "Buch Wien" verliehen wird, Anfang Mai 2015, wenn der aus Vorarlberg stammenden Bischof der Prälatur Xingu im brasilianischen Amazonasgebiet seinen nächsten Besuch in Österreich macht.

"Bischof Erwin Kräutler kämpft kompromisslos und beharrlich für die Menschen am Amazonas, deren Lebensraum durch die Abholzung von Regenwäldern und die Regierungspläne zur Errichtung des Staudammes Belo Monte massiv bedroht ist", heißt es in der Jurybegründung. "Der Vorarlberger versteht sich als Sprachrohr all jener Menschen, die von der Politik vernachlässigt und deren Rechte beschnitten werden." Trotz ständiger persönlicher Gefährdung setze Bischof Kräutler sich unermüdlich für Menschenrechte ein. "Seine zahlreichen Bücher geben einen umfassenden Einblick in sein von Mitmenschlichkeit geprägtes Lebenswerk", so die Jury über die Wahl des diesjährigen Ehrenpreisträgers.

Erwin Kräutler wurde 1939 in Vorarlberg geboren und trat in den Orden der Missionare vom Kostbaren Blut ein. Er studierte Theologie und Philosophie in Salzburg und ist seit seiner Priesterweihe 1965 als Missionar in Brasilien tätig, seit 1981 ist er Bischof von Xingu. Für seinen Einsatz für die Umwelt und die indigenen Völker wurde er mehrfach ausgezeichnet, u. a. mit dem Romero-Preis, mehreren Ehrendoktoraten sowie 2010 mit dem Alternativen Nobelpreis. Zuletzt veröffentlichte Kräutler das Buch "Mein Leben für Amazonien. An der Seite der unterdrückten Völker" (Tyrolia Verlag) und "Kämpfen, glauben, hoffen: Mein Leben als Bischof am Amazonas" (Vier Türme).

Der Ehrenpreis des österreichischen Buchhandels für Toleranz in Denken und Handeln wird vom HVB und dem Fachverband Buch- und Medienwirtschaft der Wirtschaftskammer Österreich (WKÖ) gemeinsam verliehen. Der Preis wurde erstmals 1990 an Milo Dor vergeben, weitere Preisträger waren u.a. Kardinal Franz König, Simon Wiesenthal und Hugo Portisch. 2013 wurde Barbara Coudenhove-Kalergi mit dem Ehrenpreis ausgezeichnet.

Hauptverband des österreichischen Buchhandels, 10.12.2014
Bischof Erwin Kräutler erhält den Ehrenpreis des österreichischen Buchhandels
Der diesjährige Ehrenpreis des österreichischen Buchhandels für Toleranz in Denken und Handeln geht an Bischof Erwin Kräutler.
„Bischof Erwin Kräutler kämpft kompromisslos und beharrlich für die Menschen am Amazonas, deren Lebensraum durch die Abholzung von Regenwäldern und die Regierungspläne zur Errichtung des Staudammes Belo Monte massiv bedroht ist. Der Vorarlberger versteht sich als Sprachrohr all jener Menschen, die von der Politik vernachlässigt und deren Rechte beschnitten werden. Trotz ständiger persönlicher Gefährdung setzt Bischof Kräutler sich unermüdlich für Menschenrechte ein. Seine zahlreichen Bücher geben einen umfassenden Einblick in sein von Mitmenschlichkeit geprägtes Lebenswerk“, begründete die Jury die Wahl des diesjährigen Ehrenpreisträgers.

Tyrolia-Verlag, 10.12.2014
Ehrenpreis des HVB für Bischof Erwin Kräutler
Auszeichnung für Toleranz in Handeln und Denken

Mittwoch, 3. Dezember 2014

Bischof Kräutler unterstützt Munduruku-Indios im Kampf gegen Wasserkraftwerke


Am Xingu-Fluss steht das Kraftwerk Belo Monte vor der Inbetriebnahme. Doch die Zerstörung Amazonen geht weiter. Derzeit werden Ausschreibungen für vier weitere Wasserkraftwerke am Tapajos-Fluss vorbereitet. Die dort lebenden Munduruku-Indios rechnen seit längerem damit und haben wiederholt ihre Ablehnung der Projekte in ihren angestammten Gebieten zum Ausdruck gebracht. Unter anderem hatten sie mehrere Male auf spektakuläre Weise die Baustellen von Belo Monte besetzt und die Bewahrung ihrer Gebiete vor den großen Infrastukturprojekten gefordert. (Siehe Blog-Archiv dazu)

Nach den Kraftwerken Tucurui am Tocantins-Fluss und Belo Monte am Xingu-Fluss verlagern sich nun die Baustellen immer mehr ins Innerste Amazonens. Die Zerstörung des Regenwaldes nimmt neue Dimensionen an.

Bischof Kräutler nahm an einer Veranstaltung gegen die Kraftwerke am Rio Tapajos teil und beklagte, dass wieder einmal die betroffene Bevölkerung vor Ort nicht gefragt wird, ob sie derartige Eingriffe in ihren Lebensraum will. "Die Regierung nimmt auf die Bevölkerung keine Rücksicht und ist skrupellos. Natürlich kann man das nicht einfach hinnehmen - man muss Gerechtigkeit einfordern.  Und die Regierung droht bereits, die Streitkräfte herzuschicken! Leider herrschen Zustände wie zu Zeiten der Militärdiktatur! Damals wurde auch niemand gefragt, sondern alles wurde einfach entschieden", so Bischof Kräutler enttäuscht. "Wenn ich sage, dass ich gegen das Kraftwerk bin, werfen sie mir vor, ich sei gegen den Fortschritt. Denn sie verstehen unter Fortschritt nur Wirtschaftswachstum und Steigerung des BIP oder bessere Handelsbilanzen. Wirklicher Fortschritt hingegen würde ein bessere Lebensqualitäten für diese Menschen hier vor Ort bedeuten!", sagte Kräutler in einem Interview für Greenpeace.



Fotos


Rettet den Regenwald e.V., 28.11.2014 (Mit Unterschriftenaktion!)
Mundurukú wollen Millionen Bäume vor Rodung für Staudamm retten
„Tapajós Livre", fordern die Mundurukú: "Freier Tapajós“. Mit Booten sind die Indigenen den Fluss hinauf nach São Luiz gefahren, um dort zu demonstrieren, wo bald Tausende Tonnen Beton und Stahl das Wasser stauen sollen. 8.040 Megawatt soll der Damm leisten – Energie für Aluminiumhütten, Bergbaukonzerne und Industrieanlagen.


Deutsche Welle, 24.4.2013
Brasiliens Waldschutzarmee auf Abwegen
Eigentlich sollte eine militärische Sondereinheit den Amazonas-Regenwald vor illegaler Abholzung schützen. Stattdessen aber bewacht sie den Bau eines neuen Wasserkraftwerks - zum Leidwesen der lokalen Bevölkerung.


O Globo-G1, 27/11/2014
Indígenas e ativistas protestam contra hidrelétrica no rio Tapajós, no PA
Manifestantes escreveram mensagem 'Tapajós Livre' na areia.
Povo Munduruku diz não ter sido consultado sobre a obra.

Deutsche Welle, 19.11.2014
Documentário mostra resistência índígena a hidrelétricas no Tapajós
"Indios Munduruku: Tecendo a Resistência" é lançado nesta semana no Brasil e na Inglaterra. Etnia luta contra construção de usinas na bacia do rio, no Pará, e ainda não tem terras demarcadas.