Freitag, 30. Mai 2014

Indios protestieren wegen Säumigkeit bei Belo Monte und zünden Omnibus an

Indigene der Völker Arara und Juruna, die entlang der großen Schleife des Xingu wohnen und vom Bau des Staudamms Pimentel stark betroffen sind, beklagten, dass die bei der Erteilung der Installationsgenehmigung vor drei Jahren von der Regierung vorgegebenen Umweltauflagen (Plano Básico Ambiental - PBA) vom Betreiberkonsortium Norte Energia noch nicht unterzeichnet sind. Dabei geht es auch um die Demarkierung indigener Gebiete.

Seit 22. Mai blockierten an die 200 Indigene die Zufahrtswege zu den Baustellen von Belo Monte und forderten die Unterzeichnung sowie die Umsetzung der Umweltauflagen.
"Wir sind friedlich und habe lange verhandelt und gewartet. Aber einmal ist die Geduld am Ende", begründete Mário Juruna die Verschärfung des Protestes und die Brandstiftung bei zwei Omnibussen von Norte Energia am Samstag Morgen (24.5.).
In Folge kamen die Nationalen Streitkräfte mit einer Aufforderung der Justiz, dass der Protest zu beenden und die Baustellen zu räumen seien. Weitere Nachrichten liegen nicht vor.

Xingu Vivo, 25 de maio de 2014
No 4º dia de ocupação dos acessos a Belo Monte, indígenas afirmam:
“Não vamos mais sair só na promessa e no papel”
Desde quinta (22), cerca de 150 indígenas ocupam as principais vias que dão acesso aos canteiros de obras de Belo Monte. Entre as pautas de reivindicações está o cumprimento do Plano Básico Ambiental – Componente Indígena (PBA-CI), o reassentamento de citadinos e ribeirinhos e a retirada dos madeireiros da TI indígena Cachoeira Seca.
Segundo Ney Xipaya, dessa vez os indígenas não sairão da frente dos canteiros enquanto os acordos feitos com a Norte Energia forem cumprimos: “Nas outras ocupações a gente ia com a nossa pauta de reivindicação, a Norte Energia vinha com a Funai e marcava uma data para gente sentar e discutir. A Norte Energia ia e firmava compromissos que até hoje nunca foram feitos. Então agora a gente só vai sair daqui do canteiro na hora que a Norte Energia chegar com as empresas já contratadas, mostrar os donos das empresas, a loja que vai comprar material e que dia vai subir para as aldeias. Não vamos mais sair só na promessa e no papel, porque a gente sabe que com a Norte Energia isso não funciona”.
Na manhã de sexta (23) os indígenas entregaram uma carta à FUNAI exigindo a presença da presidenta da Fundação, Maria Augusta Assirati. “Por enquanto estamos em uma manifestação pacífica. Estamos deixando os carros passarem e bloqueando apenas a entrada dos veículos da empresa, mas se a gente não tiver um posicionamento, não podemos garantir mais nada”, conclui a liderança.
Ja na madrugada de sexta para sábado, um ônibus do Consórcio Construtor Belo Monte foi incendiado (ainda correm investigações sobre os autores), e houve atrito com militares da Força Nacional. Na manhã de sábado, um advogado da Norte Energia e um oficial de justiça foram ao local do bloqueio para entregar uma intimação para que os índios deixassem os ônibus da CCBM passar, mas não houve acordo. Segundo os indígenas, se as reivindicações não forem atendidas, outros ônibus podem ser queimados.

G1-O Globo, 30/05/2014
Índios protestam e queimam ônibus de Belo Monte, no sudoeste do PA
Índios das etnias Arara e Juruna da Volta Grande Xingu queimaram dois ônibus do Consórcio Construtor Belo Monte em Vitória do Xingu, sudoeste do Pará. O grupo, que estava em uma estrada vicinal perto da rodovia Transamazônica, utilizou gasolina para começar o incêndio.
Os manifestantes, que pedem mais agilidade no cumprimeto do Plano Básico Ambiental, que impõe diversas benfeitorias para as comunidades tradicionais da região como pre-requisito para o licenciamento da usina, ameaçam incendiar outros 18 veículos. Segundo carta aberta divulgada pela Norte Energia no dia no último dia 26, a empresa responsável pelo empreendimento realiza obras para melhorar a qualidade de vida nas aldeias, e garante que as terras das tribos não serão inundadas pela construção da barragem.

TV-Globo, 31.5.2014
Índios protestam e queimam ônibus de Belo Monte, no sudoeste do PA

G1-O Globo, 26.5.2014
Imagens mostram índios feridos durante protesto em Belo Monte
Ferimentos seriam consequência de confronto com a Força Nacional.
Índios bloqueiam a BR-230 há cinco dias em protesto.

Donnerstag, 15. Mai 2014

Dilma verspricht nun Flußumleitung São Francisco für Dezember 2015

Zur Befriedung des Wasserproblems im semiariden Nordosten Brasiliens wurde unter Präsident Lula da Silva 2007 das größte Infrastrukturprojekt Brasiliens auf dem Wassersektor gestartet: die Umleitung des Rio São Franciscos. Das monströse Infrastruktur-Projekt, das in der offiziellen Diktion als “Integration der Wassereinzugsgebiete” bezeichnet wird, beinhaltet den Bau von zwei Kanälen von 400 km bzw. 220 km Länge, die 26,3 m³/s des Flusswassers in nördlich gelegene temporär austrocknende Flüsse leiten sollen (siehe Karte, in gelb sind die Kanäle dargestellt). Damit dies möglich ist, müssen durch Pumpen erhebliche Höhenunterschiede überwunden werden, beim Nordkanal 165, beim Ostkanal 364 Höhenmeter. Insgesamt sind neun Pumpstationen, 27 Aquädukte, acht Tunnel und 35 Wasserrückhaltebecken sowie zwei Wasserkraftwerke vorgesehen.
Laut offiziellen Darstellungen sollen 70% des Wassers zu Bewässerungszwecken dienen. 26% fließen in die Städte (hauptsächlich Fortaleza) und 4% bleiben für die diffus über den Landstrich verteilt Lebenden - den eigentlich Bedürftigen. Hauptabnehmer und Profiteur wird der exportorientierte industrielle Agrarsektor (z.B. Obst- und Zuckerrohrplantagen sowie Krabbenzucht) sein. Die Probleme der Wasserversorgung in der Region und die daraus resultierende Misere der Landbevölkerung werden dabei geschickt instrumentalisiert, um Akzeptanz für die milliardenschweren Investitionen zu schaffen.


Das Militär begann 2007 mit den Erdbewegungen für das Projekt, das 2010 bereits teilweise fertig sein sollte. Aber enorme Planungsfehler, die von der Realität völlig abwichen, führten 2010 zum völligen Stillstand der Bautätigkeiten und zu einer Neuauflage des Projekts, mit enormer finanzieller Unterstützung der Regierung.

Weder Lula noch Dilma rückten vom Projekt ab, sondern sie hielten eisern an der Durchsetzung fest, ohne die eigentlichen Kosten zu kennen.


Bei ihrem Besuch der Baustellen der Umleitung des Rio São Francisco in den Bundesstaaten Ceará und Pernambuco am 13.5. ging Brasiliens Präsidentin Dilma Rousseff darauf ein, dass sich das Projekt derart in die Länge zieht. Als Erklärung nannte sie die "völlige Unerfahrenheit bei Projektbeginn".

„Als wir mit dem Bau der Flußumleitung begannen, waren wir äußerst unerfahren, denn nie zuvor hatte Brasilien ein derart großes Projekt in Angriff genommen. Kein Land der Erde könnte ein derartiges Vorhaben in drei Jahren umsetzen... Es gab sehr viel Widerstand gegen diese Nutzung des Rio São Francisco... Das Projekt ist äußerst komplex; es ist nicht einfach damit getan, einen Kanal zu graben und ihn mit Wasser zu füllen. Das ist alles viel komplizierter. Aber im Lauf der Zeit haben wir vieles dazu gelernt und das Projekt ist auf dem Weg der Fertigstellung,“ sagte Dilma auf der Pressekonferenz in Ceará.

Bischof Luiz Cappio sorgte 2007 mit seinem 24-tägigen Hungerstreik gegen das Projekt und für eine Revitalisierung des Rio Franciscos für weltweites Aufsehen.

Hintergrundinfos im Blog-Archiv


UOL, 13/05/2014
Governo subestimou complexidade de transposição do São Francisco, diz Dilma
A presidente Dilma Rousseff posa para foto com trabalhadores do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em São José de Piranhas (PB)
A presidente Dilma Rousseff posa para foto com trabalhadores do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em São José de Piranhas (PB)
O país subestimou a dimensão e a complexidade da obra de transposição do rio São Francisco, iniciada em 2007 e ainda incompleta. Essa foi a explicação apresentada pela presidente Dilma Rousseff, nesta terça-feira (13), após visita às obras em municípios de Ceará e Paraíba.
Segundo o último balanço do governo, em abril, 57,8% das obras estavam concluídas. A meta é --até o fim do ano-- chegar a 75% de conclusão.
Em entrevista coletiva em Jati (CE), Dilma justificou os primeiros anúncios que previram a obra ser entregue a partir de 2010 como fruto da "inexperiência" do país em realizar uma obra desse porte.
"A gente começou bastante inexperiente, e houve uma subestimação. Em nenhum lugar do mundo em dois anos é feita uma obra dessa dimensão. Ela é bastante sofisticada, leva um tempo de maturação. Houve atraso porque se superestimou a velocidade que ela poderia ter, minimizando a complexidade", disse.
As obras foram iniciadas em 2007, com o orçamento inicial de quase R$ 4 bilhões. Os trabalhos diminuíram em 2010, por problemas de adequação do projeto-base à realidade da execução. Hoje, o orçamento da transposição está em R$ 8,2 bilhões, o dobro do previsto inicialmente, financiados pelo PAC (Programa de Aceleração ao Crescimento) 1 e 2. Esse é o maior empreendimento de infraestrutura hídrica já construído no Brasil. Atualmente, a transposição está com 51% de suas obras concluídas, com previsão de conclusão para dezembro de 2015.

TV-Globo, 13.5.2014
Presidente Dilma Rousseff acompanha obras de transposição do Rio São Francisco, no Ceará

G1-Globo, 13.5.2014
Complexidade da transposição foi subestimada, afirma Dilma
Segundo presidente, esse foi um dos fatores que motivaram atrasos.
Ela fez nesta terça vistoria a trechos da obra em estados do Nordeste.

Mittwoch, 14. Mai 2014

Uferbewohner blockieren Zufahrten zu Belo Monte Baustellen

Am Montag (12.5.) blockierten ca. 1200 Uferbewohner und Fischer von Altamira, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio und Porto de Moz die zwei wichtigsten Zufahrtswege zu den Baustellen für das Kraftwerk Belo Monte. Sie forderten Ablöse-Zahlungen für verlorene Grundstücke oder Einkommenseinbußen. Viele Verfahren sind noch immer offen.

G1-O Globo, 13/05/2014
Manifestantes bloqueiam rodovia e tentam invadir canteiro de Belo Monte
Cerca de 1.200 pessoas dos municípios de Altamira, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio e Porto de Moz, no sudoeste paraense, bloqueiam há dois dias, dois trechos da rodovia Transamazônica, que dá acesso aos canteiros de obras da usina hidrelétrica de Belo Monte. Os manifestantes cobram agilidade no pagamento de indenizações para pescadores e ribeirinhos, além da construção de moradias em um local adequado para os índios que moram nas cidades atingidas pelas obras. O G1 entrou em contato com a Norte Energia, que confirmou o protesto e a tentativa de invasão, mas ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
Na última segunda-feira (12), centenas de manifestantes, entre índios, ribeirinhos e pescadores tentaram invadir o canteiro de obras do sítio Belo Monte, localizado a 50 quilômetros da cidade de Altamira. Com a confusão, a guarita, os portões e máquinas do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) foram depredados. Um ônibus foi incendiado. Homens da Força Nacional tentaram controlar o tumulto.

Dienstag, 13. Mai 2014

Bischof Kräutler präsentiert sein neues Buch "Mein Leben für Amazonien"

Kathpress, 13.05.2014
Bischof Kräutler: Papst steht an der Seite der Armen
Austro-brasilianischer Bischof präsentiert bei Österreich-Besuch sein neues Buch "Mein Leben für Amazonien"

Den Einsatz von Papst Franziskus gegen ungerechte Strukturen und für die Verbesserung der Lebenssituation der Armen hat der austro-brasilianische Bischof Erwin Kräutler gelobt. "Ich möchte den neuen Papst nicht gleich für die Befreiungstheologie vereinnahmen, aber eines ist sicher: Er ist ein Mann, der in Argentinien auf der Seite der Armen stand und sich für die Mittellosen und an den Rand Gedrängten eingesetzt hat. Deshalb wurde er auch 'Kardinal der Armen' genannt", zitierten die "Salzburger Nachrichten" am Dienstag in Auszügen aus dem neuen Buch Kräutlers, das der Bischof der Amazonas-Diözese Xingu dieser Tage bei einem Österreich-Besuch präsentiert.

Unter dem Titel "Mein Leben für Amazonien" blickt Kräutler in dem Buch, das wenige Monate vor seinem 75. Geburtstag erscheint, auf sein fast 50-jähriges Leben als Priester an der Seite der Menschen in Amazonien zurück und gibt einen Einblick in seine Vision von Kirche. Zur Wahl des Papstes aus Argentinien schreibt Kräutler etwa, dass die Kirche damit aufgehört habe, in ihren Entscheidungsinstanzen eine fast ausschließlich europäische Kirche zu sein. Franziskus werde "die Kirche von ihrem nur europäischen Antlitz wegführen". (Siehe Buchbesprechung in der Linzer Kirchenzeitung).

Ein Monat vor der Fußball-Weltmeisterschaft in Brasilien ist der Bischof, der von sich selbst sagt, er sei "Brasilianer, in Österreich geboren", ab Mittwoch zu Gast in Salzburg. Am Mittwoch um 19 Uhr wird er in der Aula der Universität sein neues, im Tyrolia-Verlag erschienenes Buch präsentieren und in einem Vortrag über die Konflikte um den Staudamm Belo Monte und sein Bild von Kirche berichten. Restkarten sind an der Abendkasse erhältlich.

Am Donnerstagabend (15.6.) feiert Kräutler um 19 Uhr einen Gottesdienst in der Salzburger Universitätskirche, bevor er am Freitag ein Seminar im Bildungshaus St. Virgil hält. Dabei werden laut Programmankündigung pastorale Leitlinien einer basisorientierten Kirche, die vorrangige Option für die ausgegrenzte indigene Bevölkerung Amazoniens und der Kampf um die natürlichen Ressourcen der Welt im Fokus stehen.

Fragen österreichischer Journalisten stellt sich Bischof Kräutler am Donnerstag, 15. Mai, um 10 Uhr (Seminarraum der Katholischen Aktion, Kapitelplatz 6, Salzburg) bei einem Pressegespräch der entwickungspolitischen Aktion "Sei so frei" der Katholischen Männerbewegung.

Sonntag, 4. Mai 2014

Bischof Kräutler: „Da läuten bei mir die Alarmglocken“

Dom Erwin Kräutler bei der derzeitigen 52. Vollversammlung der brasilianischen Bischofskonferenz  in Aparecida
Radio Vatikan, 3.5.2014
Kräutler: „Da läuten bei mir die Alarmglocken“
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Amazonas-Bischof Erwin Kräutler schlägt Alarm: In seinem Bistum am Xingu-Fluss sind aus seiner Sicht ganze Indianer-Völker vom Aussterben bedroht. Geschäftsleute rissen sich mit Unterstützung aus der Hauptstadt Brasilia den Lebensraum der Indianer unter den Nagel, so der aus Österreich stammende Missionsbischof. In Aparecida hielt Kräutler ein Referat zur Lage der Indianer bei der derzeitigen 52. Vollversammlung der brasilianischen Bischofskonferenz. Unserem Korrespondenten dort sagte er hinterher:

„Wir können nicht untätig zuschauen, wenn Menschen zwischen Leben und Tod sind - das ist eine Aufgabe der Kirche! Unsere indigenen Völker hier sind tatsächlich heute in einer Situation, die wir uns vor drei oder vier Jahren noch nicht vorgestellt haben. Wir haben 1987 sehr darum gekämpft, dass Indianerrechte in die Verfassung kommen, und das ist uns - zusammen mit den indigenen Völkern - gelungen. Wir haben alles getan, um die Abgeordneten an ihre Verantwortung zu erinnern, dass die Rechte der indigenen Völker in die Verfassung gehören.“

Jetzt aber sei das Erreichte gefährdet: Der Wind habe sich gedreht, so Bischof Kräutler. Unter dem Schlagwort PEC 215 sei eine Verfassungsänderung im Gang, um Demaskierungen zu verhindern.

„Es gibt echte anti-indigene Kampagnen in Basilien, insbesondere durch die Vertreter des Agrar-Business. Die sind sehr stark im Kongress in Brasilia vertreten und wollen jetzt an diesen Verfassungsbestimmungen rütteln. Da läuten bei mir die Alarmglocken! Wenn an diesen Bestimmungen gerüttelt wird, ist das mittel- und teilweise sogar kurzfristig der Tod der indigenen Völker. Es geht um die Abgrenzung, die Demarkierung der indigenen Gebiete. In der Verfassung von 1988 heißt es in Artikel 67 der vorläufigen Bestimmungen, dass die Regierung den Auftrag alle indigenen Gebiete innerhalb von fünf Jahren als solche erklären und demarkieren sollte. Nicht einmal die Hälfte davon ist tatsächlich durchgeführt worden!“

Wo aber Indianergebiete nicht verlässlich demarkiert sind, da können Geschäftsleute ihr Unwesen treiben. Zum Schaden der Indigenen, deren Zahl Bischof Kräutler mit „fast fast 900.000 Menschen“ angibt.

„Im Vergleich zur Gesamtbevölkerung ist das natürlich eine verschwindende Minderheit, aber wenn man sich überlegt: Diese 896.000 Indigenen machen 305 verschiedene Völker aus, die es in Brasilien gibt - mit heute noch 274 verschiedenen Sprachen! Das ist meines Erachtens ein Reichtum für Brasilien. Man kann nicht so tun, als ob die indigenen Völker ein Hemmschuh für den Fortschritt oder die Entwicklung wären - im Gegenteil, sie sind ein Reichtum. Und als solcher sollten sie auch verstanden werden.“

Von der „tausendjährigen Erfahrung der Indigenen in ihrem Lebensraum“ könne die ganze Gesellschaft Brasiliens viel lernen, glaubt der vielfach preisgekrönte und vielfach bedrohte Bischof vom Xingu-Fluss.

„Wir haben 16 Prozesse am Hals, weil wir die Verfassung verteidigen“

„Aber wenn man die Entwicklung nur als wirtschaftliches Wachstum versteht, als Rekordernte oder als Steigen des Bruttonationalprodukts, dann sitzen wir natürlich auf der falschen Seite. Für die indigenen Völker sind Entwicklung und Fortschritt immer noch: eine bessere Lebensqualität. In jeder Hinsicht. Sie sprechen vom guten Leben - das bedeutet Leben in Harmonie mit der Natur und den Mitmenschen, auch mit dem, was sie als Transzendenz erfahren und verstehen.“

Er habe den Bischöfen gesagt, dass auch die Kirche in dieser Hinsicht viel von den Indigenen lernen könne. Weil sich die Kirche am Amazonas entschlossen auf die Seite der Indianer stelle, werde sie „kriminalisiert“, ja richtiggehend „verfolgt“, so Bischof Kräutler.

„Wir haben 16 Prozesse von Großgrundbesitzern am Hals, weil wir gesagt haben: Die Indianer haben recht. Wir verteidigen die Verfassung gegen Leute, die von der Verfassung nichts hören wollen. Deswegen werden wir verfolgt! Wir werden heute gerade deswegen verfolgt, weil wir die brasilianische Verfassung verteidigen gegen alle diese Machenschafen und Agressionen von seiten der Großgrundbesitzer... oder durch Leute, die nicht satt werden können und über Leichen gehen, damit sie von heute auf morgen steinreich werden.“


Kathpress, 03.05.2014
Kräutler warnt: Verfassungsrechte der Indios in Gefahr
Austro-brasilianischer Bischof kritisiert Zögern des Staates bei der Absicherung der Lebensräume der indigenen Bevölkerung


CNBB, 02 Maio 2014
Demarcação de terras indígenas é cumprimento da Constituição, diz dom Erwin Krautler
“A situação indígena é uma questão crucial no Brasil”. Desta forma, o bispo de Xingu (PA) e presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Krautler, apresentou o assunto aos participantes da 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, na tarde desta sexta-feira, 2 de maio, em Aparecida (SP). Antes, na coletiva de imprensa, o bispo conversou com os jornalistas sobre o assunto.

Pronunciamento de Dom Erwin Kräutler >>

IHU, 22.5.2014
Faltam interesse e vontade política de assumir a questão indígena, diz dom Erwin Krautler
Bispo do Xingu, na Amazônia, desde 1981, e em seu segundo mandato como presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Krautler acredita que os povos indígenas não têm o que comemorar no Dia do Índio. Para ele, a situação desses povos tradicionais piorou nos últimos anos, tanto pela demora na demarcação de terras indígenas, o que favorece os conflitos fundiários e a violência, quanto pela falta de atenção governamental a direitos como saúde e educação.