Das Wasserkraftwerk Jirau, das 2008 versteigert wurde und das 2013 in Betrieb gehen hätte sollen, produziert noch immer keinen Strom. Zugleich haben sich die Kosten fast verdoppelt. Von den ursprünglich angenommenen R$ 9 Mrd. ist man bereits bei R$ 17,4 Mrd. angelangt. Jirau ist neben Santo Antônio das zweite Kraftwerk am Rio Madeira.
Als Ursache werden die großen Proteste der 18.000 Arbeiter in den Jahren 2011/12 genannt, bei denen große Teile der Unterkünfte und Einrichtungen in Brand gesteckt wurden. Die meisten Arbeiter mussten entlassen und nach Hause in entfernte Bundesländer Brasiliens geflogen werden. Der Wiederaufbau war zeit- und kostenintensiv.
Außerdem gab es immer wieder Verzögerungen bei den Baugenehmigungen und Streiks, auch bei Finanz- und Zollämtern, sodass Maschinen nicht rechtzeitig genehmigt und freigegeben wurden.
Weil das Betreiberkonsortium die 3.750 MW Strom nicht fristgerecht liefert, muss es laut richterlicher Verfügung den vereinbarten Strom zukaufen. Eine MWh kostet derzeit R$ 822. Das Konsortium hat bei der Nationalen Energiebehörde Einspruch erhoben. Solange nicht bewiesen wird, dass das Kraftwerk wegen Fremdverschuldens nicht fertig geworden ist, muss der Strom zugekauft werden.
O Estado de S.Paulo, 24 de fevereiro de 2014
Atrasada, Jirau já custa quase o dobro
Salto de R$ 9 bi para R$ 17,4 bi no custo compromete retorno do empreendimento
A Hidrelétrica de Jirau, a segunda usina do Complexo do Rio Madeira, leiloada em 2008, está atrasada em mais de um ano e o volume de investimento quase dobrou, de cerca de R$ 9 bilhões para R$ 17,4 bilhões. Essa diferença, de R$ 8,4 bilhões, comprometeu de forma expressiva o retorno do empreendimento. Logo após o leilão, os vencedores da disputa haviam prometido economizar R$ 1 bilhão e antecipar sua operação em um ano.
Não fosse uma decisão judicial, a situação da hidrelétrica, de 3.750 megawatt (MW), seria ainda pior. Como o início de operação estava previsto para 2013, ela teria de comprar energia no mercado livre - cujo megawatt hora (MWh) está em R$ 822 - para honrar os contratos. A liminar conseguida na Justiça desobriga a empresa Energia Sustentável do Brasil, responsável pelo empreendimento, de fazer essa operação.
Formada pela GDF Suez, Mitsui & Co e as estatais Chesf e Eletrosul, do Grupo Eletrobrás, a empresa entrou com recurso na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para suspender as penalidades pelos atrasos na obra. O diretor da agência reguladora, José Jurhosa, afirmou que o pedido ainda está em análise e não tem data para ser votado. "Mas vamos avaliar todos os pontos e verificar se o atraso é decorrente de fatores que fogem ou não ao controle da empresa." Pelas novas regras, se ficar provado que fatores externos atrapalharam o andamento da obra, a concessionária - que não quis se pronunciar - não será punida.