Montag, 13. April 2015
Altamira: Proteste gegen Räumungen in Überflutungsgebieten
Norte Energie hat bereits mit der Räumung der Niederungen und Überflutungsgebiete in Altamira begonnen, ohne dass mit allen Bewohnern über Umsiedlung oder Entschädigung verhandelt worden wäre. Die Hütten und Pfahlbauten würden mit Baggern zerstört werden.
Viele Bewohner sind entschlossen, nicht wegzugehen. Es gibt auch unzählige laufende Gerichtserfahren in dieser Angelegenheit.
Um die Räumungsarbeiten zu behindern, wurden aus Protest Barrikaden errichtet.
Xingu Vivo, 11 de abril de 2015
Norte Energia atinge casas sem indenizar famílias em Altamira
Desde a última quinta feira (9), cerca de 40 famílias que moram na região mais baixa de Altamira (os chamados baixões, entrecortados por vários igarapés e sujeitos a alagamentos) iniciaram um protesto contra obras na área que devem destruir suas casas sem que tenha sido garantido qualquer tipo de indenização. No local, a Norte Energia, responsável pela construção de Belo Monte, pretende aterrar os igarapés e construir uma ponte. Com diversos materiais, os moradores fecharam as vias de acesso e adotaram a tática do “empate” (impedimento de ações de máquinas) contra as obras .
De acordo com as famílias, das quais várias moram de aluguel ou com parentes, a Norte Energia tem se negado a negociar indenizações e alega que devem procurar programas como o Minha casa Minha Vida. Vários processos de moradores já foram encaminhados pelas vítimas à Defensoria Publica da União.
O grupo, liderado majoritariamente por mulheres e apoiado pelo Movimento Xingu Vivo, afirma que não sairá do local nem permitirá a demolição de suas casas até que tenham garantido o direito a novas moradias.
“Eles entraram aqui e começaram a aterrar, as casas começaram a rachar, jogaram terra sobre a casa de um senhor, tudo isso sem nenhum tipo de negociação com as famílias”, explica Maria de Fatima, uma das moradoras do Baixão do Tufi. “Nas reuniões anteriores a empresa garantiu que todos os moradores teriam direito a novas casas. Aqui tem até três famílias morando em uma casa, e nos deram um documento garantindo que todos receberiam indenização. Agora vem essa mulher, Flavia, que diz que fala em nome da empresa, dizendo que não reconhece documento nenhum, que ninguém tem direito a nada”.