Donnerstag, 15. März 2012
Brasilien: Emissionshandel internationaler Firmen mit Indigenen ist illegal
Brasilienmagazin, 11.3.2012
Indianerstamm verkauft Gebietsrechte für 120 Mio. US-Dollar an CO2-Händler
Umweltministerium fürchtet Biopiraterie durch das Ausland
Ein Indianerstamm in Brasilien hat die Rechte an ihrem Territorium für die stolze Summe von 120 Millionen US-Dollar an eine ausländische Kapitalgesellschaft verkauft. Diese berichtet die brasilianische Tageszeitung O Estado de S. Paulo in ihrer Sonntagsausgabe (11.). Demnach soll die Gemeinschaft der Mundurucu ihr 20.000 Quadratkilometer großes Territorium in der Gemeinde Jacaracanga im Bundesstaat Pará gleich für 30 Jahre dem Emmissionshändler Celestial Green Ventures überlassen haben.
Die Aktiengesellschaft mit Sitz in Irland erhofft sich durch den Millionendeal vor allem “Vorteile” in Sachen Biodiversität. Zudem ist laut Vertrag uneingeschränkten Zugang zu dem Gebiet von der Größe Hessens im Norden des Landes geregelt. Für die kommenden drei Jahrzehnte hat sich hingegen die dort lebende indigene Bevölkerung verpflichtet, weder Anpflanzungen vorzunehmen noch Bäume zu fällen. Jede Maßnahme in dem Gebiet bedarf der Zustimmung von Celestial Green Ventures, einem der Markführer im CO2-Handel weltweit. In dem Sektor ohne klare Regeln kaufen Unternehmen entsprechende Emissions-Zertifikate und veräussern diese dann wiederum an große Verursacher von Treibhausgasen, die dadurch wiederum die Produktion trotz staatlicher Reduktionsauflagen halten oder sogar ausweiten können.
Im Amazonasgebiet wurden laut den Akten der staatlichen Indianerbehörde bislang mindestens 30 solcher nebulöser Verträge mit indigenen Völkern geschlossen. In mindestens 16 Fällen soll es sich bei dem Vertragspartner um Celestial Green handeln, womit die Gesellschaft mittlerweile Zugriff auf über 200.000 Quadratkilometer amazonischen Regenwaldes hat. Dies entspricht einer Fläche so groß wie die alte Bundesrepublik.
Die Vereinbarungen mit den ausländischen Gesellschaften sind in Brasilien nicht unumstritten. Vor allem im Umweltministerium und bei der Funai besteht die große Sorge, dass durch solche Verträge der Biopiraterie Tür und Tor geöffnet werden könnte. “Die indigenen Gruppen unterzeichnen oft Verträge, ohne zu wissen, was sie unterschreiben. Sie können nicht einmal einen Baum fällen, bereiten aber der Biopiraterie den Weg” beklagte Funai-Präsident Marcio Meira die Situation nach Kenntnis des jüngsten Vertragsabschlusses.
Diese Befürchtungen hält man in Dublin für übertrieben. Die Verträge mit den indigenden Gemeinschaften würden nach internationalen Standards geschlossen und durchliefen einen “rigorosen Prozess”, in dem die Vertragspartner nach vorheriger und ausführlicher Information am Ende frei entscheiden könnten, so Ciaran Kelly, CEO von Celestial Green Ventures.
BrasilNews, 13.3.2012
Brasilien: Indigene verkaufen Landrechte an Emissionshandel
Die Staatliche Indiobehörde FUNAI wie auch die Bundesanwaltschaft AGU zweifeln an der Rechtmäßigkeit dieser Vertragsabschlüsse. Dieser Art des Emissionshandel soll bei der Umweltkonferenz Rio+20 erörtert werden.
Agência Brasil, 14/03/2012
Crédito de carbono: contratos entre empresas internacionais e comunidades indígenas são ilegais
Brasília - Os contratos que comunidades indígenas assinaram com empresas estrangeiras interessadas em explorar os direitos sobre créditos de carbono, obtidos a partir da preservação da floresta, não tem validade jurídica. É o que garante o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira.
“Não existe, no Brasil, regulamentação sobre [o mecanismo de] Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação [Redd]. Por isso, esses contratos não tem validade jurídica. Consequentemente, todo o crédito de carbono que está sendo colocado à venda não tem validade alguma. É moeda podre”, explicou Meira, revelando que a fundação tem conhecimento de, pelo menos, 30 contratos entre índios e empresas internacionais.
Unisinos, 12.4.2012
Por milhões de dólares, índios vendem direitos sobre terras na Amazônia
Sem regras claras, esse mercado compensa emissões de gases de efeito estufa por grandes empresas poluidoras, sobretudo na Europa, além de negociar as cotações desses créditos. Na Amazônia, vem provocando assédio a comunidades indígenas e a proliferação de contratos nebulosos semelhantes ao fechado com os mundurucus. A Fundação Nacional do Índio (Funai) registra mais de 30 contratos nas mesmas bases.
O comércio de créditos de carbono com comunidades indígenas opera numa zona jurídica nebulosa. O Estado teve acesso a parecer recente da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre o tema. A avaliação é de que os contratos já assinados com comunidades indígenas devem sofrer a intervenção da União - não exatamente por parte do órgão indigenista do governo, mas por ato da presidente da República, Dilma Rousseff.
A tendência é de que os contratos com cláusulas consideradas abusivas, como as que impedem os índios de plantar roças e transferem direitos sobre a biodiversidade dos territórios, venham a ser considerados nulos. A Fundação Nacional do Índio (Funai) já encaminha a empresas que negociam créditos de carbono aviso sobre a insegurança jurídica desses contratos.
LatinoFox, 12.3.2012
Brazil Questions Sale of Amazon Land Rights to Irish Firm
The Mundurucu Indians have sold their rights to 23,000 sq. kilometers (8,880 sq. miles) of land in the Brazilian Amazon to the Irish company Celestial Green Ventures, one of the world's leading firms in the world carbon-credits market.
Treehugger, 12.3.2012
European Company Buys Rights to Amazon Tribe's Ancestral Land
Today, a carbon crediting company finalized a $120 million deal with Amazonian tribal leaders to gain sole rights to a 8,800 square-mile swath of forest in Northern Brazil. Under the terms of the contract, the tribespeople living in the region will no longer be able to grow crops or harvest timber on their ancestral land for a period of thirty years, leading some to question whether the decision was finalized with due consideration.