Der Bundesrechnungshof (TCU) hat am Mittwoch (3.2.) beschlossen, die Auswirkungen einer Bestimmung des brasilianischen Instituts für Umwelt und erneuerbare natürliche Ressourcen (Ibama) auf das Wasserkraftwerk Belo Monte zu überwachen.
Am Dienstag (2.2.) legte Ibama eine größere Menge der Wasserzuleitung für die Große Xingu-Schleife (Volta Grande) fest, was die Stromerzeugungskapazität verringern könnte.
Der Xingu wird für die Stromerzeugung bei Pimentel aufgestaut und das Wasser wird über einen Kanal in das Staubecken geleitet, um bei Belo Monte den notwendigen Pegelstand für das Kraftwerk zu erreichen.
Laut Ibama sollen bis zum 7. Februar 10.900 Kubikmeter Wasser pro Sekunde die Staumauer passieren und im Flussbeet weiterfließen. Im Januar des vorletzten Jahres waren es nur 1.100 Kubikmeter pro Sekunde, im Januar 2020 ca. 3.100 Kubikmeter pro Sekunde.
Ibama erklärt, dass die Wassermenge, die bis dahin in den Fluss geleitet wurde, zu gering war und negative Auswirkungen auf die Umwelt hatte. Es kam bereits zum Aussterben einiger Fischarten.
In der Stellungnahme betonte TCU-Minister Benjamin Zymler, dass IBAMA zwar notwendige Maßnahmen zur Erhaltung der Umwelt ergreifen muss, aber diese Entscheidungen könnten eine "Belastung" für den Sektor darstellen. Die Maßnahme müssten unter dem Aspekt der Rechtssicherheit noch analysiert werden, das sie negative Auswirkungen auf den Kraftwerksbetreiber und Stromanbieter haben, sagte er. Eine Reduzierung der Stromerzeugung in Belo Monte könnte die Sicherheit des Stromsektors gefährden.
Nach Angaben des TCU deuten die Daten des Nationalen Systembetreibers (ONS) darauf hin, dass die von Ibama nun für den Xingu vorgegebenen Wassermengen über einen Zeitraum von sechs Monaten zu einem Verlust der Stromerzeugung zwischen 21.188 MWmed und 17.492 MWmed führen wird.
TCU decide monitorar impacto de determinação do Ibama sobre usina de Belo Monte
Ibama determinou maior vazão de água para o Rio Xingu, o que pode reduzir capacidade de geração de energia. Para o TCU, decisão pode 'impor ônus' ao concessionário e ao setor.
O Globo, 02/02/2021
Ibama determina maior vazão de água da hidrelétrica de Belo Monte
De acordo com o comunicado da Norte Energia, um cronograma foi estabelecido pelo órgão federal para manter a vida no trecho de vazão reduzida do rio, abaixo do barramento da hidrelétrica.
Ibama e a sentença de morte do Médio Xingu
No ano de 2020, o Médio Xingu sofreu uma das piores secas da sua história. Aliado a um aumento exponencial das queimadas, do desmatamento e dos conflitos fundiários, o fenômeno comprovou a previsão de dezenas de cientistas e do povo beiradeiro de que a demanda de água e a própria existência da usina de Belo Monte se configuraram como maior vetor de degradação socioambiental da região, cujas proporções chegaram a um limite a partir do qual o Médio Xingu vai sofrer danos irreparáveis.
Vitória da AGU garante biodiversidade e proteção de comunidades do Rio Xingu
A Advocacia-Geral da União (AGU) obteve importante vitória na Justiça ao manter decisão do Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, que protege a vida aquática e de populações tradicionais do Rio Xingu. A concessionária Norte Energia, responsável pela operação da Hidrelétrica de Belo Monte, entrou com mandado de segurança questionando decisão do Instituto que suspendeu o chamado Hidrograma de Consenso, com o objetivo de diminuir a vazão de água utilizada na produção de energia elétrica e, consequentemente, liberar um volume maior ao longo do Rio Xingu.
Belo Monte ameaça a Volta Grande do Xingu
Inauguração de última turbina deixará usina em capacidade máxima, e secará a área que assegura sua biodiversidade. Bióloga alerta que volume de água não será suficiente para cumprir o ciclo da fauna, e ampliará escassez que afeta famílias e pescadores