Montag, 23. April 2012

Belo Monte: dritter Streik innerhalb von sechs Monaten

Zum dritten Mal innerhalb von sechs Monaten blieben am Montag (23.4.) die 7.000 am Kraftwerksbau Belo Monte Beschäftigten der Arbeit fern. Die Gewerkschaft für Anlagenbauarbeiter (Sintrapav) machte mit ihren Forderungen nach höheren Löhnen und besseren Urlaubsregelungen Ernst und rief einen unbefristeten Streik aus.

Die Omnibusse, die die Arbeiter am Montag Früh zu den Baustellen auf km 27 und km 55 bringen sollten, blieben in Altamira. Die Entscheidung zum Streik fiel bei einer Generalversammlung der Gerwerkschaft mit den Arbeitern am vergangenen Freitag.
Arbeiter und Gewerkschaftsvertreter bloquierten die Einfahrt zu den Baustellen Kanalbau und Sitio Pimentel auf km 27 der Transamazonica, um den Stillstand der Arbeiten sicher zu stellen.

Derzeit sind ca. 60 % der Arbeiter in Altamira untergebracht und 40 % bei den Baustellen. Bereits in den frühen Morgenstunden werden sie von Altmiara mit Omnibussen abgeholt. Beklagt wurde, dass zu wenige Busse zur Verfügung stehen und immer wieder Arbeiter zurück bleiben müssten. Das Baukonsortium CCBM hat im Anschluss an den letzten Streik versprochen, diese Forderung zu erfüllen und weitere 100 Omnibusse anzuschaffen.
Die Arbeitsbedingungen sind generell schlecht, nur 30 % der gesetzlich vorgeschriebenen Serviceleistungen funktionieren. Die Stimmung bei den Streikenden ist deshalb angespannt, doch bisher kam es zu keinen Ausschreitungen oder Vandalismus.

Unterdessen bezeichnete das Bauunternehmen den Streik als illegal, weil erst im November über Lohnerhöhungen verhandelt werden könnte, und forderte seine Aufhebung.

Ende März wurde - im Anschluss an längere Generalstreiks bei den Kraftwerken am Rio Madeira - an allen 5 Baustellen für Belo Monte gestreikt, um auch in Belo Monte bessere Arbeitsbedingungen zu erreichen. Bereits im November des Vorjahres beklagten die Arbeiter Missstände bei der Versorgung, beim Transport zur Arbeit sowie bei den Unterkünften und legten die Arbeiten für einige Tage nieder. Trotz Interventionen der Regierung ist das Betreiberkonsortium nur zu wenigen Zugeständnissen bereit.

Belo Monte wird mit einer Leistung von 11.000 MW das drittgrößte Kraftwerk der Welt sein. Die ersten Turbinen sollen im Jänner 2015 Strom ans Netz liefern.

TV-Globo:
Trabalhadores de Belo Monte entram em greve

Folha, 22.4.2012
7.000 trabalhadores de Belo Monte entram em greve nesta segunda
Sete mil trabalhadores da usina hidrelétrica de Belo Monte, uma das mais importantes obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), devem cruzar os braços a partir desta segunda-feira.

O Globo, 22.4.2012
Operários de Belo Monte iniciam 3ª greve em menos de seis meses
BRASÍLIA - Os operários da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, prometem parar as atividades nos cinco canteiros da obra instalados às margens do Rio Xingu a partir desta segunda-feira. A decisão foi tomada na semana passada em assembleia. Vai ser a terceira paralisação dos canteiros de obras da usina em menos de seis meses.
A greve dos trabalhadores de Belo Monte será a terceira em menos de seis meses. No fim de fevereiro, os operários decidiram apoiar a paralisação dos trabalhadores das usinas que estão sendo erguidas no Rio Madeira, em Rodônia (Jirau e Santo Antônio). Antes, em novembro, a greve foi motivada por protestos contra as condições de trabalho e dos alojamentos. Os operários chegaram a bloquear um trecho da Rodovia Transamazônica.

Estado de S. Paulo, 23.4.2012
Clima em Belo Monte é de tensão, mas não há atos de vandalismo
Paralisação é a 2ª em menos de 20 dias; pontos negados pelo consórcio foram o direito de visitar a família a cada 3 meses e aumento do valor da cesta básica de R$ 95 para R$ 300,00
CUIABÁ - Os trabalhos nos canteiros de obra da Usina Hidrelétrica Belo Monte na Volta Redonda do Xingu em Altamira do Pará pararam nesta segunda-feira, 23. É a segunda paralisação em menos de 20 dias. Atualmente 60% dos trabalhadores moram em Altamira e os outros 40% são alojados dentro dos canteiros. Estão funcionando apenas 30% dos serviços, os essenciais previstos em lei. O clima é de tensão, mas não há atos de vandalismo ou de agressões por parte dos grevistas.

Folha, 23.4.2012
Trabalhadores em greve bloqueiam entrada a obras de Belo Monte
Em meio a uma disputa sindical nas obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, a maior obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada, o Sintrapav, iniciou nesta segunda-feira, ainda de madrugada, uma greve por tempo indeterminado.

Folha, 23.4.2012
Consórcio de Belo Monte tentará derrubar greve na Justiça
Em nota, o Consórcio afirma que a greve foi deflagrada em razão do não atendimento das reivindicações fora da data-base feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada. A data-base da categoria é novembro.

Veja, 23.4.2012
Operários paralisam obras de Belo Monte
Manifestantes bloquearam o único acesso às obras e só permitiram a entrada de cerca de 850 trabalhadores que exercem funções essenciais

Agência Brasil, 23.4.2012
Cerca de 7 mil trabalhadores paralisam atividades em canteiro de obras de Belo Monte
No início da manhã de hoje, os trabalhadores fizeram uma barricada no acesso ao Travessão 27, local que liga a Rodovia Transamazônica à estrada de terra para os sítios Pimental e Canais e Diques. Segundo o vice-presidente do Sintrapav, Roginel Gobbo, os trabalhadores fizeram barricadas, mas os serviços essenciais foram mantidos.

CPS-Conlutas, 23/04/2012
Sete mil operários de Belo Monte entram em greve nesta segunda-feira
Sete mil operários da Hidrelétrica de Belo Monte, 100% do efetivo, aderiram à greve da categoria nesta segunda-feira (23). A CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular está em Altamira (PA) acompanhando e apoiando o processo de mobilização desses operários.
Na terça-feira (24), às 6h, a Central está convocando uma assembleia para organizar os trabalhadores e fazer um grande ato pelas ruas de Altamira. “Nosso objetivo é levar para o conhecimento da população as reivindicações desses operários. Além disso, nos mobilizamos para que o governo intervenha e assuma sua responsabilidade e atenda as exigências da pauta desses trabalhadores”, ressalta o dirigente da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, enviado à Altamira para auxiliar nas negociações.