Mittwoch, 4. April 2012

Belo Monte: unterschiedliche Angaben über Streikbeteiligung


Im Gegensatz zum Betreiberkonsortium Norte Energia erklärten Vertreter der Bewegung Xingu Vivo para Semprer heute (3.4.) mit, dass ein Großteil der am Kraftwerksbau von Belo Monte Beschäftigten weiterhin nicht zur Arbeit erschienen ist. "Höchstens 2.000 Arbeiter gingen zur Arbeit," sagte Ana Laíde von Xingu Vivo in einem Interview mit Rádio Nacional da Amazônia. Am Bau des Kraftwerks Belo Monte sind derzeit etwa 7.000 Arbeitnehmer beschäftigt.

Laut Atnágoras Lopes, dem Vertreter der Gewerkschaft CSP-Conlutas, die allerdings vom Baukonsortium nicht anerkannt wird, liegt die Streikbeteiligung bei 20 % bis 30 % der Arbeitnehmer.

Gestern (2.4.) sagte Wilmar Gomes Dos Santos, Sprecher der Gewerkschaft für Industriebauten (Sintrapav), in einem Interview mit Agência Brasil, die Proteste am Samstag (Errichtung von Straßenbarrikaden, um zu verhindern, dass die Arbeiter zu den Baustellen gebracht werden konnten) seien von politisch motivierten Aktivisten wegen der bevorstehenden Bürgermeisterwahlen erfolgt und nicht wegen arbeitsrechtlicher Forderungen.

Der Vertreter der CSP-Conlutas bestreitet jede politische Motivation und verweist auf die Forderungen der unzufriedenen Arbeiter: Lohnerhöhungen sowie verschiedene Vergütungen; kürzere Frist für Besuche der Familie (alle 90 Tage und nicht alle 180); Verbesserung der Essens- und Wasserqualität;  Bezahlung von Samstag-Überstunden und Verbesserung der Transporte.

Für 10.4. ist ein weiteres Treffen zwischen dem Baukonsortium und der vom Konsortium einzigen anerkannten Gewerkschaft (Sintrapav) geplant.

Die nicht anerkannte Gewerkschaft CSP-Conlutas und die Bewegung Xingu Vivo bezweifeln die Repräsentativität und den Einsatz von Sintrapav zugunsten der Arbeiter.


Agência Brasil, 03/04/2012
Xingu Vivo diz que greve em Belo Monte continua; consórcio afirma que obra voltou à normalidade
Brasília – Representantes do Movimento Xingu Vivo para Sempre, contrário à construção da Usina de Belo Monte (PA), afirmaram hoje (3) que grande parte dos trabalhadores do canteiro de obras continua de braços cruzados. “Não saíram 2 mil trabalhadores para a obra”, disse a representante da entidade Ana Laíde, em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia, referindo-se às pessoas que compareceram ao trabalho. O canteiro de obras de Belo Monte conta com cerca de 7 mil trabalhadores.

Para Atnágoras Lopes, integrante da Central Sindical Popular – Coordenação Nacional de Lutas (CSP-Conlutas), a estimativa de adesão à greve é menor. Segundo ele, que é ligado ao comando de greve, de 20% a 30% dos trabalhadores permanecem parados.

O Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), entretanto, nega que a paralisação continue e afirma que as cinco frentes de trabalho para a construção da usina hidrelétrica no Rio Xingu (sítios Belo Monte; Pimental; canais e diques; as unidades de infraestrutura e de porto e acesso) estão funcionando normalmente.

Xingu Vivo, 3.4.2012
Em Belo Monte, greve continua; nomes de lideranças já estariam em listas de demissões
"O sentimento de todos os trabalhadores é de revolta. A maioria é a favor da greve, ainda mais depois de como trataram a gente no pagamento"
A greve dos operários dos canteiros de obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte continua pelo sexto dia. Segundo a comissão da greve, a maioria dos trabalhadores permaneceu de braços cruzados nesta terça, 3.

Lingua Ferina, 3.4.2012
Consórcio Construtor, Força Sindical e Agência Brasil unidos contra grevistas em Belo Monte
Nesta terça-feira, 03 de abril, foram retomados ostrabalhos nos vários canteiros de obra da hidrelétrica de Belo Monte, emAltamira, Pará. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias daConstrução Pesada do Estado do Pará (Sintrapav) é a única organizaçãoreconhecida pelo Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM). Esta prerrogativanão é uma decisão da categoria formada por milhares de operários que sequerparticiparam da eleição da atual diretoria.

Lingua Ferina, 3.4.2012
Greve dos operários de Belo Monte: “Eles voltaram ao trabalho pela pressão da polícia e pela omissão do sindicato em organizar a greve”
Os operários da hidrelétrica de Belo Monte,tentando fazer valer o seu direito de greve, enfrentam a dura repressão dapolícia. Pela manhã, fazendo uma verdadeira revolução pela base, ostrabalhadores realizaram uma tentativa de paralisação durante o percurso –feito de ônibus- até o canteiro de obra, porém, a ação foi duramente reprimidapela polícia. “Nesse momento, nesse grau de tensão e sob muita pressão, essesoperários estão trabalhando”, informou o membro da CSP-Conlutas AtnágorasLopes, que esteve presente nesse processo de negociação.

CSP-Conlutas, 16/04/2012
CSP-Conlutas envia denuncia à Mesa Nacional da Indústria da Construção e à MTP (PA) sobre demissões, perseguições e repressão nas obras de Belo Monte
Os operários que trabalharam na obra da Hidrelétrica de Belo Monte (PA) tem realizado um processo intenso de mobilização por direitos. Esses trabalhadores enfrentam a intransigência da patronal com ameaça de demissões, perseguições e repressão por parte da patronal.