Vertreter mehrerer indigener Gruppen haben am Mittwoch (10.9.) den Sitz der Nationalen Indio-Stiftung (FUNAI) in Altamira besetzt. Damit wollen sie die Freigabe des neu errichteten Indio-Hauses Casa do Índio erreichen. Dieses Gebäude soll ihnen als Unterkunft dienen, wenn sie von ihren entlegenen Siedlungen in die Stadt nach Altamira kommen.
In einer Aussendung teilt Norte Energie, das für den Bau im Rahmen der Umweltauflagen zuständige Bauunternehmen, mit, dass die Einrichtung bereits seit Monaten fertig sei und dass die behördlichen Maßnahmen der Übernahme durch FUNAI noch ausständig seien. Auf einer Fläche von 2.235 qm wurden 33 Wohneinheiten sowie ein Wasserreservoir mit 12.000 l errichtet.
O Globo, 10.9.2014
Índios ocupam Funai de Altamira em protesto contra Norte Energia
Tribos alegam que empresa deve entregar espaço de acolhimento.
Lideranças dizem que precisam ficar em locais improvisados.
Lideranças indígenas de seis etnias do Xingu ocuparam a sede da FUNAI em Altamira, no sudoeste do Pará, na manhã desta quarta-feira (10). A ocupação é um protesto contra a falta de estrutura para atender os índios que vem das aldeias para a cidade. A principal reivindicação é a entrega da nova casa do Índio, uma obra que, segundo os manifestantes, deve ser entregue pela empresa Norte Energia, responsável pela Usina de Belo Monte. A Norte Energia disse que a Casa do Índio já está pronta, e depende de procedimento administrativo da Funai para ser entregue.
TV-Globo, 11.9.2014
Em Altamira, índios de seis etnias ocupam há dois dias prédio da Funai e do campus da UFPA
O Globo, 11.9.2014
'Estamos pior do que mendigo', diz índio da região do Xingu
Índios protestaram ocupando sede da Funai em Altamira.
Eles ocupam também o campus da UFPA no município.
O líder índigena Leo Xipaia denunciou na última quarta-feira (10), durante ocupação da sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Altamira, no sudeste do estado, as condições atuais de vida das tribos. "Estamos pior do que mendigo, dormindo aqui na calçada da Funai. O pessoal aqui da universidade já reclamou e tentou nos botar para fora", disse.
O protesto reúne líderes de 24 aldeias da região do Xingu, pertencentes às etnias Xipaia, Parakanã, Xikrin, Araweté e Assurini, por exemplo, paralisaram as atividades dos servidores da Funai na quarta. Eles pedem afastamento da coordenadora regional, Estela Libardi.
