agenzia fides, 28.3.2019
BRASILIEN - Dilma Ferreira Silva: Erste seit Anfang 2019 ermordete Aktivistin
Tucurui (Fides) – Eine "rasche Aufklärung der Tat" und "Sicherheitsmaßnahmen für durch den Bau von Dämmen in ganz Brasilien geschädigte Menschen" fordert das "Movimiento dos Atingidos por Barragens" (MAB), dem sich verschiedene Menschenrechtsorganisationen anschließen, darunter die Kommission für die Landpastoral (CPT) der brasilianischen Bischofskonferenz.
Am 22. März wurde die Menschenrechtsaktivistin Dilma Ferreira da Silva, eine führende Persönlichkeit in den Reihen der MAB, in Tucuruí im Bundesstaat Pará gemeinsam mit ihrem Ehemann und einem Freund der Familie ermordet. Die Drei wurden geknebelt, brutal gefoltert und erstochen. "Der Mord an Dilma am Internationalen Wassertag ist ein trauriger Moment in der Geschichte der Menschen, die vom Bau der Staudämme betroffen sind, ", heißt es in den Kommentaren der MAB in ihren sozialen Netzwerken.
An der Spitze des MAB arbeitete Dilma Ferreira Silva (45) für eine nationale Politik, die die Rechte der von Staudämmen geschädigten Menschen anerkennt. Ende der 70er Jahre, während des Baus des Wasserkraftwerks Tucuru (das größte in Brasilien), gehörte Dilma zu den rund 30.000 Familien, die aufgrund des Projekts gezwungen waren, ihr Zuhause zu verlassen. Im Jahr 2011 legte Dilma Ferreira der damaligen Präsidentin Dilma Rousseff einen Gesetzentwurf zum Schutz von Personen vor, die durch den Bau eines Staudamms Schäden erlitten hatten. Sie war eine besondere glaubwürdige Aktivistin, weil sie selbst in dieser Gegend aufwuchs, als der große Tucuruí-Damm vor 30 Jahren in der von ihrem Volk bewohnten Region gebaut wurde. Seitdem hatte Dilma nicht aufgehört, die Ausbeutung des Tocantins-Flusses zu bekämpfen, und sich aktiv für den Schutz der Anrainer eingesetzt.
Obwohl das Sekretariat für öffentliche Sicherheit in Pará bekräftigt, dass bereits ein Ermittlerteam zur Untersuchung des dreifachen Mordes eingesetzt wurde, "wurden bisher noch keine Linie für die Untersuchung von Straftaten bekannt gegeben", heißt es in der Verlautbarung des MAB. Die bischöfliche Kommission für Landpastoral (CPT) teilte mit, dass der Ort, an dem die Opfer gefunden wurden, für Konflikte bekannt ist und es dort immer wieder zu Zusammenstößen kommt. Die Morde könnten daher leicht mit Landrechtskonflikten in Verbindung gebracht werden. Laut CPT ist Dilma Ferreira die erste Aktivistin, die seit Anfang 2019 im Amazonasgebiet ermordet wurde. Erst vor wenigen Tagen wurde an die Tragödie des Brumadinho-Staudamms im vergangenen Januar erinnert, bei der 300 Menschen getötet wurden. Immer noch leiden 14 Millionen Menschen unter kontaminiertem Wasser. Mehrere Organisationen berichten, dass es in Brasilien 45 andere Staudämme gibt, die wegen ihres Alters kurz vor dem Zusammenbruch stehen, mit allen zu erwartenden Konsequenzen.
neues deutschland, 25.3.2019
Gefesselt, gefoltert, ermordet
In Brasilien wurde erneut eine linke Aktivistin ermordet. Unter Bolsonaro nimmt die Gewalt gegen Umweltschützer*innen zu
amerika21, 2.4.2019
Mord an Aktivistin Ferreira Silva: Großgrundbesitzer in Brasilien verhaftet
Brasília/Aachen. Die Polizei hat einen lokalen Großgrundbesitzer im nördlichen brasilianischen Bundesstaat Pará festgenommen. Er wird verdächtigt, den Mord an der brasilianischen Aktivistin Dilma Ferreira Silva von der Bewegung der von Staudammbauten Betroffenen (Movimiento dos Atingidos por Barragens, MAB) angeordnet zu haben. Die 47-jährige, ihr Ehemann und ein Freund der Familie wurden am 22. März getötet. Zuvor sollen sie gefoltert worden sein.
MAB, 23/03/2019
Últimas informações sobre o assassinato de Dilma Silva
Dilma Ferreira Silva, 47 anos, foi assassinada junto a seu marido, Claudionor Costa da Silva, 42 anos, e Hilton Lopes, 38 anos, amigo do casal. O crime ocorreu na própria casa de Dilma, no assentamento Salvador Allende, na zona rural de Baião, de quinta para sexta-feira (22/03/19). Dilma era atingida pela hidrelétrica de Tucuruí e integrava a coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) na região.
CPT, 22/03/2019
Três assentados são mortos no Assentamento Salvador Allende, região de Tucuruí (PA)
Conforme informações preliminares, três pessoas, sendo Dilma Ferreira Silva, da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Tucuruí, no Pará, seu esposo e outro homem (esse ainda não identificado) foram mortos na residência do casal. Ainda não há informações sobre a motivação do crime.
Carta Campinas, 23/03/2019
Ativista dos Direitos Humanos, Dilma Ferreira da Silva, é assassinada em chacina no Pará
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) informou nesta sexta-feira (22) o assassinato de Dilma Ferreira Silva, coordenadora regional do movimento em Tucuruí (PA). O crime aconteceu no assentamento Salvador Allende, zona rural de Baião.
MAB, 26/03/2019
Polícia Civil do Pará prende possível mandante da morte de Dilma Ferreira, militante do MAB
A Polícia civil do Pará prendeu na tarde desta terça-feira (26) Fernando Ferreira Rosa Filho, suspeito de ser o mandante dos assassinatos de Dilma Ferreira Silva, coordenadora do MAB em Tucuruí/ PA, seu companheiro Claudionor Costa da Silva e Hilton Lopes.
CPT, 27/03/2019
Grileiro foi o mandante de dois massacres na região de Tucuruí (PA) que vitimaram seis pessoas
Após prisão do mandante da morte da liderança do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Dilma Ferreira Silva, a força-tarefa da Polícia Civil confirmou que Dilma, seu esposo e um amigo do casal, mortos no dia 22 de março, foram assassinados a mando do grileiro Fernando Ferreira Rosa Filho, conhecido como “Fernandinho”. O mandante era vizinho do assentamento de Dilma e queria as famílias fora da área. Ele também seria o responsável pelo massacre ocorrido dois dias depois (24), do casal de caseiros e do tratorista de sua fazenda que, de acordo com a polícia, estariam insatisfeitos com o não-cumprimento de seus direitos trabalhistas. Com esses dois massacres, sobe para 49 o número massacres no campo com 230 vítimas, registrados pela CPT no período de 1985 a 2019.
Brasil de Fato, 26/03/2019
Polícia prende suspeito do assassinato de Dilma Silva, militante do MAB no Pará
Fazendeiro Fernando Ferreira Rosa Filho é acusado de encomendar o crime; motivações ainda são investigadas