Aktualisiert am 17.9.2013
Laut O Globo besetzten 30 Indigene vom Volk der Juruna und Parakanã am 16.9. die Zufahrt zur Baustelle Belo Monte. Beim Posten zur Einfahrt nahmen sie die Schlüssel der Busse weg, sodass eine lange Schlange entstand.
Die Indios fordern eine Absicherung und Vergrößerung ihrer Gebiete sowie eine Brücke über den zum Teil trockengelegten Xingu, der durch die Ableitung des Wassers nicht schiffbar sein wird.
Cleide Souza, Repräsentantin der Regierung, bestätigte, dass die Verhandlungen völlig friedlich verlaufen sind. Es wurde vereinbart, dass 30 Indigene nach Brasilia fahren, um dort direkt mit der Regierung zu verhandeln.
Die Unterbrechung des Transportes der Arbeiter dauerte 5 Stunden. Laut Norte Energia wirkte sich das nicht direkt auf die Arbeiten aus und dass sie ungehindert fortgesetzt werden konnten.
13.9.2013
An die 100 Indigene vom Volk der Parakanã, Juruna und Arara besetzen die Baustelle Pimentel und erreichen einen Stopp von Belo Monte. Sie fordern eine Lösung der Landkonflikte in ihren angestammten Gebieten, wie sie als Bedingung für den Bau von Belo Monte vergesehen waren. Hier die Aussendung der Indigenen zur Blockade der Baustelle, gekürzt und übersetzt von Plattform BeloMonte:
Wir sind müde vom langen Warten. Das Volk der Parakanã vom indigenen Territorium Apyterewa, Bundesstaat Pará, teilt der Bundesregierung und Norte Energie mit, die wir es satt sind zu warten, bis Sie das Problem unseres Landes zu lösen beginnen. Apyterewa wird seit vielen Jahren von Großgrundbesitzern, Landspekulanten, Bergleuten, Holzhändlern und Siedlern invadiert. Unsere traditionellen Gebiet werden zerstören, das Jagen und Bestellen der Felder wird unmöglich gemacht und wir können uns nicht um unsere Kinder kümmern. Unser Volk ist bedroht.
Immer wieder versprach die Regierung, die weißen Eindringlinge von unseren Gebieten zu entfernen und zu sorgen, dass wir in unserem Gebiet in Frieden leben können. Die Regierung wollte den Belo Monte Staudamm bauen und versprach, unser Landproblem vor Baubeginn zu lösen und nannte das eine Bedingung für die Baulizenz. Wir glaubten daran, aber die Regierung hat gelogen. Belo Monte ist fast fertig, aber unser angestammtes Gebiet wird noch immer von Weißen invadiert. Wir glauben der Regierung nicht mehr, weil die Regierung weder ihre eigenen Gesetze noch die Bedingungen, die sie Norte Energia gesetzt hat, befolgt und erfüllt.
Wir besetzen die Baustelle Pimentel, weil hier erst gearbeitet werden sollte, nachdem unsere Gebiete frei von Invasoren sind und wieder ganz uns gehören. Denn das war eine Bedingung für den Bau des Staudamms Belo Monte. Wenn also die Regierung unser Landproblem nicht gelöst hat, muss Belo Monte gestoppt werden. Und wir wollen Belo Monte stoppen, solange die Bundesregierung unser Problem nicht gelöst hat. Wir sind nicht hier, um etwas von Norte Energia zu verlangen. Norte Energia hat auch viel gelogen und wir könnten viel fordern. Aber heute wollen wir nicht mit Norte Energia reden, sondern mit der Bundesregierung und deren Repräsentanen.
Wir wollen, dass die Regierung die Invasoren mit Hilfe der Polizei aus unserem Gebiet entfernt. Falls die Polizei hierher kommt, um uns von der Baustele zu entfernen, wollen wir lieber sterben. Denn ohne eigenes Land haben wir auch kein Leben.
Altamira, 12. September 2013
Xingu-Vivo-Blog, 13.9.2013
Belo Monte Ocupado: Comunicado do povo Parakanã
Nós cansamos de esperar. O povo Parakanã, da terra indígena Apyterewa, estado do Pará, comunica o governo federal e a Norte Energia que cansamos de esperar vocês resolverem o problema da nossa terra. Apyterewa está invadida por fazendeiros, grileiros, garimpeiros, madeireiros e colonos que durante muito tempo estão destruindo nosso território tradicional, nos impedindo de caçar, de plantar, de cuidar dos nossos filhos e ameaçando o nosso povo.
Amazonia legal, 13.9.2013
Carta divulgada: Povo Parakanã e cerca de cem indígenas Juruna e Arara ocupam o Sitio Pimentel e param Belo Monte
Altamira Hoje,14.9.2013
Indios ocupam canteiro des Obras de Belo Monte
CNBB nega invasão no canteiro de Belo Monte
ISA
Identificação e localização dos Parakanã
Os Parakanã Orientais e Ocidentais somavam aproximadamente 900 indivíduos em 2004. Vivem em duas áreas indígenas diferentes, divisão que não corresponde a dos blocos oriental e ocidental
O Globo, 16/09/2013 (mit Video)
Índios bloqueiam acesso ao canteiro de obras da Usina Belo Monte
Interdição durou cinco horas e entrada ao canteiro já foi liberada.
Uma reunião está agendada com representates do governo em Brasília.
Índios da etnia Juruna interditaram nesta segunda-feira (16) por cerca de cinco horas a estrada que dá acesso ao Sítio Pimental, um dos canteiros de obra da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em Vitória do Xingu, sudoeste do estado.
A principal reivindicação é a desocupação da terra indígena por não índios e a ampliação da reserva. Cerca de 30 lideranças impediram a entrada de operários nos canteiros de obras. Eles chegaram a tomar as chaves dos ônibus, que formaram uma longa fila na estrada.
“A Norte Energia sempre nos promete que, antes de ter Belo Monte, a gente ia ter acesso ao lago, e que a nossa terra ia ser ampliada. Então essa era uma requisição, que a Norte Energia ia comprar. E ficou de nos dar uma resposta sobre o tamanho da nossa terra antes da construção da barragem, e a barragem já esta para terminar e até hoje ela deu o tamanho da nossa terra”, disse Cacique Gilliard Juruna.
Depois de uma negociação entre as lideranças indígenas, representantes da Funai e do Governo Federal, houve um acordo pela liberação da estrada de acesso ao Sítio Pimental e as atividades foram normalizadas. Os índios desbloquearam a estrada depois de conseguirem agendar uma reunião em Brasília para esta terça-feira (17). Cerca de 30 índios Juruna e Paranakanã vão até a capital federal para negociar as reivindicações com a Secretaria Geral da Presidência da República e Ministério da Justiça.
Os índios vão pedir também a construção de uma ponte sobre o canal que vai desviar o leito do Rio Xingu e que facilitaria o acesso às aldeias. “Já que o rio secou, nós vamos ter que andar por aqui. Eles querem que a gente vá por Belo Monte, mas nós não vamos porque são mais de 100 quilômetros, então tem que ter essa ponte”, disse o cacique.
“Foi tudo pacífico, o povo não teve muitos problemas não”, disse Cleide Souza, representante da Casa de Governo.
A terra indígena Paquiçamba, dos índios juruna, da Volta Grande do Xingu, tem aproximadamente 15 mil hectares e faz limites com as obras de Belo Monte. A Norte Energia informou que não é responsabilidade da empresa assuntos que estão fora da área dos canteiros de obra da usina. Ainda segundo a empresa, os trabalhos estão normalizados no Sítio Pimental.