Mittwoch, 29. Mai 2013

Regierung verweigert Verhandlung und Justiz lässt den Indios 24 Stunden für den Abzug

Die Regierung bleibt gegenüber den Indios Mundurucu, die seit Montag (27.5.) die Baustelle Belo Monte besetzt halten, hart und lehnt Verhandlungen ab. Minister Carvalho wirft ihnen wirtschaftliche Interessen und illegalen Betrieb von Goldgruben vor.

Die Justiz gab dem Ansuchen des Betreiberkonsortiums zur Räumung der Baustelle statt und erlaubt den Einsatz der Polizei. Den Indios wird eine Frist von 24 Stunden zum Abzug eingeräumt. Als Bußgeld ist eine tägliche Strafe von R$ 50.000 vorgesehen.

Die Indigenen lehnen diese Vorgangsweise ab. Dieses Mal sind sie fest entschlossen zu bleiben und wollen nicht wegen der richterlichen Verfügung abziehen. Sie fordern weiterhin ein Gespräch mit der Regierung. Außerdem beklagen sie, dass die Baustellenleitung Wasser und Strom abgedreht hat und die Bedingungen schwierig sind.

Die Situation ist äußerst angespannt.

Die Munduruku erhielten Unterstützung vom Volk der Ka'apor aus Maranhão, deren Gebiete dort von Fazendeiros und illegalen Holzhändlern invadiert werden. Sie klagen die Säumigkeit der Justiz und der Regierung an, die bisher icht eingeschritten sind.



Folha, 28/05/2013
Planalto tem relação tensa com índios que invadiram Belo Monte
Protagonistas da segunda invasão em menos de um mês às obras da usina hidrelétrica de Belo Monte (PA), índios mundurucu se tornaram uma espécie de inimigo do governo federal em relação à questão indígena.

O Globo, 28/05/13
Justiça determina saída dos índios de canteiro de obras de Belo Monte
O consórcio construtor da usina hidrelétrica de Belo Monte divulgou que a justiça federal determinou a saída dos índios que ocupam o canteiro de obras. Segundo a Norte Energia, o juiz federal Sérgio Wolney de Oliveira Batista Guedes, da Subseção Judiciária Federal de Altamira (Pará),  determinou a reintegração de posse do canteiro Belo Monte, com um prazo de 24 horas para que a Funai providencie uma saída pacífica e voluntária dos cerca de 140 índios da etnia munduruku que desde a madrugada de 27 de maio ocupam o local.Segundo a empresa, a decisão da justiça prevê multa diária de R$ 50 mil aos participantes da ocupação e à Funai em caso de não desocupação. Também foi pedido que a Polícia Federal apure se houve a participação de não índios durante a ocupação.

O Globo, 28.5.2013
Juiz de Altamira determina saída de índios do canteiro de Belo Monte
Sérgio Guedes concede prazo de 24h para Funai negociar desocupação.
Índios pedem presença de representantes do Governo Federal.

Cimi/Xingu Vivo, 28/05/2013
Belo Monte: Justiça determina reintegração de posse com uso de força policial
A Justiça Federal de Altamira determinou nesta terça-feira, 28, que seja realizada a reintegração de posse do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, na região de Altamira (PA). Ocupada desde ontem por 170 indígenas que reinvindicam a suspensão de obras e estudos de hidrelétricas na Amazônia, o principal trecho da barragem está com os trabalhos parados pela segunda vez no mês.
Um oficial da Justiça Federal esteve no canteiro para entregar o documento da reintegração aos manifestantes. A leitura do documento não causou espanto aos indígenas, que rasgaram o documento na frente do oficial, de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e de cerca de 40 homens da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Tropa de Choque, Rotam e Polícia Civil. Depois eles dançaram e cantaram.
O juíz Sérgio Wolney Guedes, da comarca de Altamira, deu um prazo de 24 horas para que os indígenas saiam pacificamente da obra. Os indígenas afirmam que não sairão por ordem judicial, e exigem a presença do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República.

Blog da Ocupação, 30.5.2013
Povo Ka’apor, do Maranhão, se solidariza à luta do povo Munduruku e outros povos indígenas, contra Belo Monte

Blog da Ocupação, 30.5.2013
Madeireiros e fazendeiros destroem Terra Indígena Alto Turiaçu do Povo Ka’apor.
No Maranhão, governo do Estado e o governo federal são omissos na defesa dos territórios indígenas. Madeireiros e fazendeiros destroem Terra Indígena Alto Turiaçu do Povo Ka’apor.