Fünf Jahre nach der Ermordung von Dorothy Stang klagte Rudolf Hackbart, Präsident von INCRA, über den "konstanten Druck", den Invasoren und Landdiebe (Grileiros) sowie Holzhändler ausüben, um den Lote 45 in der Gemeinde Anapu wieder einzunehmen. Schwester Dorothy hatte erreicht, dass diese Parzelle, die sich im Eigentum der Union befunden hatte und von Großgrundbesitzern illegal ausgebeutet worden war, 2004 für 130 Familien von Kleinbauern als PDS-Projekt für nachhaltige und familiäre Landwirtschaft zugesprochen wurde. Dorothy wurde deshalb am 12.2.2005 dort erschossen.
Fonte Agência Brasil 19/03/2010
Incra denuncia pressão de grileiros para retomar lote em Anapu
Cinco anos após o assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, denunciou hoje (19) uma “constante pressão” por parte de grileiros e madeireiros para retomar ao local conhecido como Lote 45 no município de Anapu (PA), na região onde ocorreu o crime.
Em entrevista à Agência Brasil, Hackbart lembrou que a área – um do Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS) do estado – já conta com produção de alimentos orgânicos e manejo sustentável, além de casas construídas e estradas prontas.
“Nosso grande desafio nesse projeto é a constante pressão dos grileiros por meio da violência para retomar nossas áreas. Estamos com nossas equipes lá, mas dependemos muito do Judiciário do estado para que impeça a retomada [da área] por grandes madeireiros e grileiros”, afirmou. Segundo ele, atrativos como a grande quantidade de madeira e castanha atraem as atenções para o lote. “A gente não tem noção do volume de recursos nessa região”, completou.
De acordo com o presidente do Incra, a maioria dos processos apresentados na Justiça do Pará por pessoas que reivindicam a posse das terras foi indeferida, mas ele reclamou da “lentidão” do Judiciário local. Só para retomada do lote, por exemplo, o tempo de espera foi de mais de um ano.
A estratégia do Incra, diante da pressão de grileiros e madeireiros, é trabalhar em parceria com prefeitos, o estado, a Polícia Federal e o Ministério Público. O órgão pretende contratar mais 50 servidores por meio de concurso para reforçar a fiscalização. Para Hackbart, a grilagem é a grande responsável pela destruição do meio ambiente, pela retirada ilegal de madeira e pela violência em Anapu.
“Com o crescimento econômico de 5,5% para este ano, é preciso que se tenha mais política pública, mais capacitação dos servidores, mais força do Estado para coibir a ilegalidade”, cobrou.