Dienstag, 4. Juni 2013

150 Indios werden zur Anhörung nach Brasília geflogen


Am Dienstag (4.6.) um 9:00 Uhr Ortszeit wurden ca. 150 Munduruku und andere Indigene (die Angaben schwanken von 146 bis 187) mit zwei Flugzeugen der brasilianischen Luftwaffe (FAB) von Altamira in die Hauptstadt Brasília geflogen, um mit Minister Gilberto Carvalho vom Generalsekretariat der Präsidentschaft über geplante Kraftwerksbauten am Rio Tapajós zu verhandeln.

Die Munduruku hatten am 27.5. die Baustelle Belo Monte wiederum besetzt und eine Anhörung durch die Bundesregierung verlangt. Sie lehnen Wasserkraftwerke in Amazonien ab. Eine richterliche Verfügung zur Räumung der Baustelle mit Frist 30.5. missachteten sie. Um den Einsatz der Polizei zu vermeiden, kam es zu diesem Kompromiss, alle beteiligten Indios zum Treffen nach Brasília zu fliegen.

Die Indios willigten ein, weil sie ein hartes Vorgehen der Polizei und mögliche Todesopfer befürchteten, wie es am 30.5. bei der Räumung der Fazenda Buriti in Mato Grosso der Fall war. Die Munduruku gaben in einer Aussendung bekannt, eine Fortsetzung der Besetzung von Belo Monte vom Ausgang der Verhandlungen abhängig zu machen. Auch die Kayapó vom Oberlauf des Xingu haben ihre Beteiligung und Unterstützung zugesagt.


Weitere Fotos von der Ankunft in Brasília

Poonal. 4.6.2013
Indigene verlassen Belo-Monte-Baustelle
Valdenir Munduruku, ein Sprecher der Indigenen, kündigte an, nach Belo Monte zurückzukehren und die Bauarbeiten erneut zu stoppen, sollte das Treffen mit Carvalho und den VertreterInnen der Ministerien nicht zufriedenstellend verlaufen: "Wir wissen, dass die Regierung die Arbeiten so schnell wie möglich abschließen will, was unsere Position erschwert; dennoch hoffen wir, dass unsere Forderungen erfüllt werden. Wir wollen mit konkreten Antworten aus dem Treffen gehen."

O Globo, 4.6.2013
Índios deixam Altamira e embarcam para reunião com ministro em Brasília
146 indígenas embarcaram em dois aviões da FAB às 9h desta terça, 4. Reunião com Gilberto Carvalho será às 14h30, no Planalto Central.

O Globo, 4.6.2013
Índios anunciam que vão sair amanhã de Belo Monte, mas ameaçam voltar
Um grupo de índigenas viaja a Brasília para negociar com o governo federal

BBC Brasil, 4.6.2013
Índios usam mídias sociais para fortalecer voz própria
Quando, na última quinta-feira, o índio terena Gabriel Oziel morreu baleado em confronto numa ação de reintegração de posse em Sidrolândia, em Mato Grosso do Sul, poucos minutos bastaram para que uma batalha se organizasse em outro front.
Desde a semana passada, índios munduruku ocupam o canteiro de Belo Monte e exigem dialogar com o Palácio do Planalto. O movimento também tem forte atuação no Facebook, por meio da página Campanha Munduruku.

A Folha, 4.6.2013
Índios aguardam avião da FAB para desocupar Belo Monte
Os índios que ocupam o canteiro da obra de construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu (PA), aguardam um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para desocupar o local.
A invasão ao canteiro entrou no oitavo dia nesta segunda-feira (3).
A aeronave da FAB deve pousar em Altamira (a 50 km do canteiro) e transportar de 140 a 200 índios, sendo a maioria da etnia mundurucu, para uma reunião com ministros na terça-feira (4), em Brasília.

Folha, 4.6.2013
Índios desocupam canteiro de Belo Monte após nove dias
Cândido Munduruku, um dos líderes do protesto, disse que o grupo de 187 índios (dos quais 32 são mulheres e 27 crianças) embarcou em dois aviões da FAB (Força Aérea Brasileira). O governo não confirmou o número de pessoas.
Os índios reivindicam a suspensão de obras e estudos de barragens de hidrelétricas em terras indígenas situadas nas margens dos rios Teles Pires e Tapajós e cobram do governo a garantia de serem consultados previamente sobre o tema.

Ag1encia Brasil, 4.6.2013 (FOTOS!!)
Índios mundurukus chegam a Brasília