Mittwoch, 5. Juni 2013

Indigene diskutieren mit Regierung eine Aussetzung der Kraftwerke in Amazonien


Jene Indigenen, die Belo Monte besetzt halten, versammelten sich am Dienstag Nachmittag (4.6.) in Brasília mit Regierungsvertretern, um eine Aussetzung der Kraftwerksprojekte in Amazonien zu diskutieren.
Die Regierung hat bereits mehrmals zu erkennen geben, dass sie von ihrem Programm des beschleunigten Wachstums (PAC II), zu dem der Bau von Wasserkraftwerken zählt, nicht abrückt. Auch diesmal verteidigte Minister Gilberto Carvalho das Kraftwerk Belo Monte als "unbedingt notwendig für die Energieversorgung Brasiliens". "Die Arbeiten sind bereits weit fortgeschritten und ein Stopp ist undenkbar. Die Regierung wird aber die notwendigen Änderungen vornehmen, um es adäquater zu machen", sagte Carvalho.

Um Unterbrechungen der Arbeiten durch weitere Besetzungen zu verhindern, sollen weitere Polizeieinheiten auf die Baustellen geschickt werden. "Jeder hat das demokratische Recht zu demonstrieren, aber auf eine Weise, die den Bauvorgang nicht beeinträchtigt", verdeutlichte der Minister.

Die Fronten zwischen Regierung und Indigenen sind nun noch mehr verhärtet und eine Einigung in weite Ferne gerückt.

In einer Aussendung teilten Staatsanwälte von Pará und Mato Grosso mit, dass die Regierung an den derzeitigen Konlikten zwischen Indigenen und Ruralisten eine Mitschuld trifft, weil die Demarkierungen der indigenen Territorien sehr wohl eine politische Angelegenheit seien und diese in der Realität zu langsam vor sich gehen.

Fotos vom Treffen zwischen Minister Gilberto Carvalho und den Indios Munduruku


TV-Globo (4':01''):
Indígenas que ocupam Belo Monte se reúnem com ministro Gilberto Carvalho

Agência Brasil, 4.6.2013
Índios estão reunidos com representantes do governo federal no Palácio do Planalto

Agência Brasil, 4.6.2013
Gilberto Carvalho diz que obras em Belo Monte não vão parar
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse na noite desta terça-feira (4), durante reunião com o grupo de mais de 140 índios que desde o dia 27 ocupavam o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que as obras na usina não vão parar. “A obra de Belo Monte já está a meio caminho andando. Ela é necessária para nós e nós vamos fazê-la sim, sem dúvida nenhuma. Vamos aceitar todas as formas de protesto democrático, mas não vamos aceitar que ela seja interrompida”, disse.

Folha, 4.6.2013 (FOTOS)
Após reunião com índios, governo diz que não vai ceder sobre Belo Monte
Após mais de quatro horas de reunião com 144 índios majoritariamente da etnia mundurucu no Palácio do Planalto, o governo federal saiu nesta terça-feira (4) sem ceder nos principais pontos da pauta de reivindicações.

O Globo, 4.6.2013 (Video!)
Reunião entre índios e governo sobre Belo Monte termina sem acordo
Indígenas são contrários à construção da usina de Belo Monte.
Os índios disseram que queriam ter sido ouvidos sobre a construção das usinas de Belo Monte, Tapajós e Teles Pires. “Fomos absolutamente claros com eles, dizendo que o governo não vai abrir mão dos seus projetos. Agora, o governo fará as correções necessárias para fazê-lo de forma adequada”, afirmou Carvalho.

Agência Brasil, 04/06/2013
Procuradores da República criticam falta de vontade política para solucionar conflito indígena
Brasília – Procuradores da República em Mato Grosso do Sul e no Pará se manifestaram hoje (4) sobre os conflitos decorrentes da disputa por terras entre índios e produtores rurais. Por meio de notas divulgadas nos sites das procuradorias nos dois estados, eles dizem que a questão da demarcação de terras indígenas é um problema cuja solução depende, principalmente, de vontade política.

MPF, 4.6.2013
Índios afetados por hidrelétricas: três processos judiciais, nenhuma consulta
Consulta prévia aos indígenas é assunto de reunião hoje em Brasília entre o governo federal e os índios que paralisaram a obra de Belo Monte nos últimos oito dias