Die Munduruku-Indios gaben sich mit dem Ergebnis des Treffens mit Minister Carvalho nicht zufrieden und beschlossen, in Brasília zu bleiben und ihr Anliegen kundzutun. Am 6.6. versuchten ca. 150 Indigene drei Stunden lang zum Regierungssitz von Präsidentin Dilma Rousseff vorzudringen, wurden aber vom Sicherheitspersonal daran gehindert. Sie wollten einen Brief überbringen mit der Frage, ob sie bei Kraftwerksprojekten in indigenen Territorien mitentscheiden dürfen oder nicht. Sie fordern bekanntlich ein Vetorecht für den Fall, dass sie ein Projekt, dass in ihrem Gebiet gebaut werden soll, ablehnen.
Minister Carvalho hatte nach dem Treffen am Mittwoch lediglich versprochen, aus den in Belo Monte gemachten Fehlern für weitere Kraftwersprojekte am Rio Tapajós zu lernen. In einem von ihm dazu unterzeichneten Dokument heißt es, dass "die Indios ein Recht habe auf die Bewahrung ihrer Tradition, ihrer Sprache, Kultur und Sozialgefüge. [...] Die Beratung der Indigenen soll partizipativ sein, sie sollen umfassend und rechtzeitig über alle Pläne und Vorgangsweisen informiert werden." Das Schreiben betont, dass "die Resultate der Anhörungen von der Regierung Ernst zu nehmen sind und bei Entscheidungen zu beachten sind, sodass die Rechte der Indigenen garantiert bleiben sowie alle weiteren Segmente der brasilianischen Gesellschaft"
Die Indigenen können darin keine Zustimmung zu ihrer Forderung nach einem Einspruchsrecht erkennen.
Blickpunkt Lateinamerika, 7.6.2013
CIMI: Regierung Rousseff verweigert Indigenen das Gespräch
CIMI, 6.6.2013
Polícia impede indígenas de entregar carta à Dilma
Cerca de 150 indígenas tentaram entrar no Palácio do Planalto, sede do governo federal em Brasília, para entregar uma carta à presidente da República Dilma Rousseff, mas foram impedidos pela polícia. Ao menos 50 homens da polícia legislativa, Polícia Federal e Polícia Militar forçaram o grupo com violência para fora da casa de governo. Os indígenas, que permaneceram por três horas na entrada do Palácio, protestam contra a violação de direitos promovida por grandes empreendimentos hidrelétricos na Amazônia.
CIMI, 5.6.2013
Indígenas do canteiro de Belo Monte permanecem em Brasília e se dizem insatisfeitos com proposta de ministro
Os dois aviões da FAB decolariam da Base Aérea de Brasília para o Pará na manhã desta quarta-feira, 5, mas seus passageiros, 140 indígenas de seis povos dos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires, decidiram não embarcar e permanecer no Planalto Central. O grupo está alojado no Centro de Formação Vicente Cañas, em Luziânia (GO), e em assembleia hoje à tarde decidirão os próximos passos.
A decisão foi tomada porque os indígenas estão insatisfeitos com a posição do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, ante as reivindicações apresentadas durante esta terça-feira, 4, em reunião no Palácio do Planalto, e em 17 dias de ocupação ao principal canteiro de obras da UHE Belo Monte, em Vitória do Xingu (PA).
Agência Estado, 6.6.2013
Índios tentam entrar no estacionamento do Planalto
A segurança do Palácio do Planalto voltou a ter trabalho nesta quinta-feira com os índios, desta vez da tribo munduruku, que estão em Brasília para pedir a paralisação das obras de Belo Monte, no Pará, e exigir do governo que eles sejam consultados em relação a construções de usinas na Bacia do Tapajós. Os mundurukus tentaram entrar no estacionamento do Planalto para serem recebidos pela presidente Dilma Rousseff, mas foram barrados pelos seguranças. Um empurra-empurra entre seguranças e índios chegou a deixar a situação tensa, mas, como todo o Planalto estava cercado por grades, eles permaneceram na pista tentando entrar, sem obterem sucesso. Depois de mais de duas horas aguardando uma resposta do governo, desistiram e seguiram para o Ministério da Justiça, onde o ministro José Eduardo Cardozo ia receber representantes dos índios terena, da mesma tribo do índio morto em Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul.