Mittwoch, 12. Juni 2013

Nach erfolglosen Protesten in Brasília wollen Indios zurück in ihre Aldeias

Mit der Besetztung des Funai-Sitzes in Brasília konnten die Indios nichts erreichen. Weder die designierte Funai-Präsidentin noch Vertreter der Regierung oder des Gerichtshofes empfingen sie.
Kazike Valdenir Munduruku beklagte, dass die Funai nicht die Interessen der Indigenen vertritt, sondern die der Regierung. Außerdem würden sie keine ausreichende Verpflegung erhalten.

Deshalb entschlossen sie sich für einen Marsch zu den Regierungsgebäuden und verlangten Audienzen bei Staatspräsidentin Dilma Rousseff und Bergbauminister Edison Lobão, die ihnen allerdings auch verwehrt wurden.
"Wir haben zwar kein positives Ergebnis, aber wir kennen die Position der Regierung: sie hält am Bau von weiteren Kraftwerken fest, und wir lehnen sie ab. Es ist nun besser, wenn wir morgen (13.6.) in unsere Aldeias zurück kehren", sagte Valdenir. Die Heimreise sei mit Funai vereinbart worden.
Valdenir Munduruku verhandelt mit Terezinha Gasparin, zuständig für indigene Angelegenheiten im Justizministerium. Die Indios werden nicht vorgelasssen.
"Bei allen Ministerien, wo wir vorsprechen wollten, wurden wir durch Polizeisperren daran gehindert und wir konnten nicht hinein, um zu reden. Jetzt müssen sie zu uns an den Rio Tapajós kommen, wenn sie reden wollen. Und wir werden sie dort genau so empfangen und behandeln, wie sie es mit uns gemacht haben", gab sich Valdenir kämpferisch.
TV-Globo, 12.6.2013
Índios fazem protesto na Esplanada dos Ministérios

Folha, 12/06/2013
Índios que invadiram a Funai dizem que órgão não fornece alimentação adequada


Agência Brasil, 12.6.2013
Insatisfeitos com o governo, mundurukus devem deixar sede da Funai e retornar ao Pará
O acordo permitiu que os servidores da Funai voltassem hoje ao expediente normal
“Apesar de não termos uma resposta positiva, sabemos qual é o posicionamento do governo federal: ele não vai abrir mão do que ele quer e nós não vamos abrir mão disso pelo que estamos lutando. Então, vamos retornar a nossas aldeias amanhã [13]”, comentou Valdenir, criticando a postura do governo.
“Em todos os ministérios a que fomos colocaram barreiras policiais para a gente não entrar. Se eles quisessem diálogo, teriam nos recebido e teríamos entrado em todos os ministérios que quiséssemos, até no Palácio do Planalto. Agora eles vão ter que ir lá para conseguir o que eles querem. E, da mesma forma que eles não estão nos recebendo aqui, a gente também não vai receber eles lá”, ameaçou Valdenir.

CIMI, 11.6.2013
Indígenas em defesa de direitos buscam diálogo com governo: encontram silêncio e fome


AFP, 12.6.2013
Cento e cinquenta índios da Amazônia ocuparam esta terça-feira a Funai, em Brasília, como parte de uma escalada nos protestos dos povos nativos descontentes com o governo e um Parlamento dominado pelo lobby agrícola.